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09 de Novembro de 2018

Tolerância, valores e conciliação no ambiente escolar são enfatizados em formação com especialista norte-americana

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A disseminação da prática da Justiça Restaurativa ganha fôlego com a presença de uma das maiores referências internacionais em processos restaurativos e círculos de paz, a consultora especialista norte-americana, Kay Pranis, no Rio de Janeiro. O ''Curso de Aprofundamento e Supervisão de Prática em Justiça Restaurativa e Processos Circulares'', ministrado pela professora, nos dias 05 e 06 de novembro, na Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (EMERJ), contou com a presença da psicóloga do Colégio CEI Romualdo, Eveline Ribeiro.

A profissional da instituição contou ao Blog da Juliska sobre o rico momento de compartilhamento e formação do curso que tem como objetivo expor ensinamentos para a construção de uma nova forma de convivência social, pautada pelo diálogo. Além do direcionamento ao atendimento das necessidades e construção de responsabilidades individuais e coletivas, bem como pelo amor ao ser humano. Confira a entrevista.

Qual a importância do conceito e atuação de Justiça Restaurativa?

A prática da Justiça Restaurativa tem se expandido pelo país. Conhecida como uma técnica de solução de conflitos que prima pela criatividade e sensibilidade na escuta das vítimas e dos ofensores. Eu já atuo como mediadora de conflitos no âmbito do Judiciário e quando comecei a trabalhar no CEI trouxe comigo essa bagagem de atuar na mediação de conflitos. Na escola encontrei a abertura para pensar esse olhar diferente para algumas práticas em relação aos conflitos no ambiente escolar.

Usamos bastante a metodologia de círculos de diálogos, que é uma prática que fortalece os vínculos entre as pessoas que convivem no mesmo espaço, alunos, professores, onde podem expor os problemas que enfrentam e como podemos chegar juntos a uma solução e restaurar possíveis danos que essas situações estejam causando.

Como foi desenvolvido o curso com a Kay Pranis?

Kay Pranis é uma das autoras que embasam esse trabalho e  tem carga densa de prática, foi um curso de supervisão para facilitadores, com integração de participantes de vários lugares do país. Pudemos reforçar como o trabalho na escola tem sido enriquecido cada vez mais com a justiça restaurativa e seus valores como empatia, respeito, habilidade por dizer sua necessidade, sentimentos, tolerância, uma relação mais verdadeira e sincera.

Como a prática é realizada no cotidiano da escola?

O CEI é escola muito aberta no educar para o pensar, o tema integrador anual, que atravessa todas as práticas pedagógicas, tem sempre muito a ver com a justiça restaurativa, e encontramos um ambiente propício. Estamos pensando inclusive em trazer essa temática com mais força na semana pedagógica, uma formação para os professores sobre a filosofia e proposta dessas ações.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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