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22 de Março de 2019

Rede Global de Jornalismo Investigativo cria guia para jornalistas mulheres

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Jornalistas mulheres enfrentam desafios específicos no exercício da profissão. A GIJN (Rede Global de Jornalismo Investigativo, na sigla em inglês) reuniu recursos para ajudar mulheres ao redor do mundo a encontrar redes, recursos e ferramentas para lidar com problemas como assédio virtual, discriminação no local de trabalho e violência de gênero, além de facilitar o acesso a oportunidades específicas para mulheres jornalistas.

Os tópicos da curadoria de recursos para mulheres são: Redes (Internacionais e regionais); Segurança;  Discriminação e assédio; Mentoria; Bolsas e subsídios; Prêmios; Mulheres especialistas e Jornalismo Investigativo.

Redes de profissionais podem ser uma ótima fonte de suporte, mentoria, colaboração e contatos. Em uma indústria dominada por homens, como o jornalismo investigativo, pode ser útil contatar mulheres para apoio e troca de experiência. Por isso nós criamos uma lista de redes globais e regionais específicas para mulheres ao redor do mundo.

Fundada em 2013, a Chicas Poderosas tem filiais em 13 países da América Latina e na Espanha e organiza oficinas de jornalismo investigativo, hackathons, treinamentos de liderança para mulheres, workshops de jornalismo digital e facilita mentorias. O New Ventures Lab, que pertence à organização, oferece consultoria e patrocínio para veículos independentes liderados por mulheres.

Fundada em 2017, a Coalition for Women in Journalism tem como objetivo promover a “cooperação entre mulheres ao redor do mundo”, oferecendo recursos, eventos, advocacy e mentoria de jornalistas experientes. A organização tem uma filial no México.

A segurança preocupa todos os jornalistas, mas mulheres enfrentam mais ameaças com violência de gênero, assédio, discriminação no local de trabalho e no exercício da profissão, além de ataques virtuais desproporcionais em comparação com homens. Abaixo estão alguns recursos para melhorar a segurança das mulheres na mídia.

Discriminação e assédio no local de trabalho são problemas comuns que afetam muitas indústrias, incluindo o jornalismo. De acordo com um relatório recente do Council on Foreign Relations, 18 países ainda exigem que as mulheres tenham a permissão do marido para trabalhar, 59 não oferecem proteção legal contra o assédio sexual no local de trabalho e restringem os tipos de empregos que as mulheres podem ter. A discriminação salarial é global. Abaixo estão alguns recursos disponíveis atualmente para ajudar a abordar a discriminação de gênero e o assédio sexual no local de trabalho.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) realizou pesquisas sobre os desafios enfrentados pelas mulheres no setor. Com base nos resultados, o “Mulheres no Jornalismo Brasileiro” lista recomendações para os meios de comunicação do Brasil para abordar o assédio, discriminação e violência baseados em gênero. Em 2018, 50 jornalistas brasileiras também divulgaram um manifesto em vídeo contra o assédio sexual e a discriminação usando a hashtag #DeixaElaTrabalhar no Facebook e no Twitter.

O Digital Women Leaders oferece às mulheres jornalistas um treinamento individual gratuito por 30 minutos, inclusive sobre questões como discriminação no trabalho, assédio e diferenças salariais.

Mentoria

Mentores têm experiência e conhecimento que podem ajudá-lo com diversas questões, incluindo avançar com um projeto, negociar um salário justo, ou navegar em um ambiente de trabalho insalubre ou um relacionamento difícil com um colega. Pode levar algum tempo para encontrar a pessoa certa, mas vários recursos estão disponíveis especificamente para mulheres jornalistas.

O Digital Women Leaders oferece às mulheres jornalistas um treinamento individual gratuito de 30 minutos. A maioria das treinadoras listadas trabalha nos EUA, mas mulheres que residem em outros países também estão disponíveis. Ainda assim, algumas questões - como a discriminação no local de trabalho e a disparidade salarial - são universais.

O Simpósio de Jornalismo e Mulheres, com sede nos EUA, tem um programa de orientação para membros durante todo o ano (taxas de participação aqui). Os mentores são selecionados com base nas necessidades e localização, e é possível escolher seu próprio horário e modo de comunicação. O programa fornece suporte em tópicos como coaching de carreira, redação de currículo, entrevistas de emprego, gerenciamento e liderança, solicitação de aumento e muito mais.

A Coalition for Women in Journalism oferece orientação de jornalistas experientes no México, na América Latina e na Ásia. A Chicas Poderosas tem filiais em 13 países e organiza oficinas de jornalismo investigativo e hackathons; treina mulheres em liderança, habilidades digitais e novas mídias; e facilita a orientação e bolsas de estudo.

Bolsas e subsídios

Abaixo está uma lista de bolsas e bolsas de estudo destinadas para pessoas que se identificam como mulheres e para histórias sobre mulheres. Para uma lista geral de subsídios e bolsas disponíveis para homens e mulheres, visite o site.

A International Women’s Media Foundation tem uma série de subsídios para mulheres jornalistas em todo o mundo, com prazos variados ao longo do ano. Entre eles estão o Women’s Health Reportingsobre saúde reprodutiva, direitos e justiça nas Américas, em parceria com o Centro de Igualdade da Mulher; Reporting Grants for Women’s Stories para cobertura sobre tópicos de gênero pouco abordados, em parceria com a The Secular Society; e o Kim Wall Memorial Fund para relatar subculturas, em parceria com a família Wall. A IWMF também administra o Fundo Howard G. Buffett para Mulheres Jornalistas, que apoia projetos que incluem oportunidades educacionais, reportagens investigativas e iniciativas de desenvolvimento de mídia.

O Jamal Khashoggi Award for Courageous Journalism é um novo conjunto de subsídios patrocinados pelo Fundo Inti Raymi, uma fundação familiar sediada em Austin, Texas. Subsídios de até US$ 5 mil estão disponíveis para cobrir despesas de reportagem de projetos investigativos de jornalistas e escritores com menos de 35 anos sobre temas relacionados a violações de direitos humanos, direitos das mulheres, tráfico humano e sexual, corrupção e abuso de poder e impacto na mudança climática.

A Chicas Poderosas tem filiais em 13 países e organiza oficinas de jornalismo investigativo e hackathons; treina mulheres em liderança, habilidades digitais e novas mídias; e facilita a orientação e bolsas de estudo. A Foreign Policy Interrupted oferece um programa de bolsas para mulheres na arena da política externa. O programa se concentra na construção de habilidades de mídia e branding através de um módulo educacional on-line e conexões editoriais. O programa está aberto a mulheres de todo o mundo.

Prêmios para mulheres

Prêmios podem ser uma ótima maneira de ser reconhecido e ter seu trabalho destacado. Para um diretório geral de prêmios globais e regionais abertos a inscrições internacionais, confira a página de recursos do GIJN para dezenas de oportunidades. Abaixo estão os prêmios disponíveis apenas para pessoas que se identificam como mulheres.

A IWMF patrocina o Courage in Journalism Awards, que homenageia mulheres jornalistas que enfrentam perigo para descobrir a verdade e elevar o padrão para reportagens sob ameaça ou coação. Os prêmios estão abertos a mulheres jornalistas em todo o mundo e é possível indicar pessoas.

O Lifetime Achievement Award da IWMF homenageia mulheres líderes pioneiras que demonstraram uma força extraordinária e um compromisso com a liberdade de imprensa e com o avanço das vozes das mulheres em todo o mundo. Jornalistas aposentadas também podem se candidatar.

Fonte: Abraji, para mais informações: http://abraji.org.br/noticias/gijn-cria-guia-para-jornalistas-mulheres

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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