Pedagoga destaca importância do brincar para o desenvolvimento infantil nas férias

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Durante o período de férias, especialistas em desenvolvimento infantil reforçam a importância de resgatar o brincar como ferramenta essencial para um crescimento saudável. A professora Emannuelle Araújo, docente do curso de Pedagogia da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, faz um alerta sobre os impactos do uso excessivo de telas e defende a valorização das brincadeiras tradicionais.

“O brincar é uma linguagem natural da criança. É por meio dele que ela desenvolve habilidades cognitivas, motoras, emocionais e sociais. Quando substituímos esse processo espontâneo por horas em frente a uma tela, perdemos uma parte fundamental da infância”, afirma.

Segundo a professora, não se trata de demonizar a tecnologia, mas de equilibrar seu uso e respeitar os limites recomendados por especialistas em saúde. A Sociedade Brasileira de Pediatria orienta, por exemplo, que crianças de até dois anos não tenham contato com telas e, a partir dessa idade, o tempo seja sempre supervisionado e com limites diários.

“Crianças que passam muitas horas em frente a telas tendem a apresentar mais dificuldade de concentração, alterações no sono, comportamentos mais ansiosos e menos interesse por interações sociais e brincadeiras ao ar livre”, alerta Emannuelle.

Em contrapartida, incentivar atividades como desenhar, correr, pular corda, brincar de faz de conta ou montar blocos estimula a criatividade, fortalece vínculos familiares e promove bem-estar físico e emocional.

“A infância é um período único e não volta. Criar oportunidades para que a criança brinque livremente, se movimente e explore o mundo com o corpo e com os sentidos é um presente para o desenvolvimento dela”, reforça Araújo.

A especialista ainda destaca o papel fundamental das famílias e das escolas nesse processo. “É preciso que os adultos estejam atentos e sejam exemplo. Reduzir o tempo de tela começa com escolhas cotidianas, como desligar a TV durante as refeições e propor momentos de brincadeira em família”, conclui.