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16 de Março de 2024

Liderança feminina em agência de marketing vai de 0% a 60% em cinco anos

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As mulheres estão presentes com frequência nas agências de marketing digital, o que é um bom indicativo de igualdade de oportunidades na área, mas o mesmo não se aplica para os cargos de liderança. Segundo o Censo de Diversidade das Agências Brasileiras 2023, estudo realizado pela Gestão Kairós com o Observatório da Diversidade na Propaganda (ODP), apenas 15% dos CEOs e presidentes dessas empresas são mulheres.

Para que essa realidade se transforme, o mercado precisa dar espaço para o desenvolvimento e crescimento de mais gestoras.  É o que acontece com a Yooper, agência paulista especializada em performance. De 22 líderes dos diversos departamentos, 13 são mulheres — um percentual de 60%.

Esse número expressivo não surgiu do nada. Renata Xavier Sassi, Gerente Comercial da Yooper, comenta que foi a primeira gestora mulher assim que entrou na agência, há cinco anos. De lá para cá, a empresa se empenhou em firmar um compromisso com a diversidade e a inclusão, o que resultou em ações positivas para atrair e engajar a participação feminina.

“Desde o início, observei uma cultura organizacional equitativa. Ao longo dos anos, fomos estabelecendo metas para aumentar a presença de mulheres na liderança e, a partir daí, oferecemos recursos práticos para empoderar e encorajar as profissionais a se empenharem e se destacarem. Essa jornada foi bem diferente do que vivenciei em outros ambientes de trabalho no passado”, conta Renata.

Ela não é a única que compartilha esse sentimento. Gabriela Nunes, Coordenadora de Projetos, relata: “Comparando minha experiência na Yooper com outros locais onde trabalhei, noto uma diferença significativa no sentido da empresa proporcionar mais espaço para o desenvolvimento das mulheres. Eu vi a adaptação da agência para promover essa inclusão. É isso que nos permite erguer com firmeza a bandeira do empoderamento feminino, centrada na busca pela equidade salarial e de oportunidades”.

Renata e Gabriela reconhecem que o que vivem na Yooper não é a realidade mais comum na área, e indicam o que deve ser feito para melhorar a situação. Primeiro, segundo Renata, é preciso trabalhar a cultura da empresa para que as contribuições das mulheres sejam não apenas reconhecidas, mas também valorizadas — e onde não haja espaço para discriminação com base no gênero, como piadas de mau gosto ou interrupções de fala. Ela também acredita que a empresa deve organizar workshops e palestras voltados para o estímulo da liderança feminina, bem como incentivar a participação das mulheres em grupos de afinidade e redes de apoio internas.

Gabriela concorda. “Sugiro que as agências concentrem esforços no fortalecimento do desenvolvimento profissional das mulheres. Isso envolve investir em capacitação e treinamentos específicos, promover eventos que destaquem cases de sucesso protagonizados por mulheres e, é claro, proporcionar oportunidades tangíveis de crescimento”.

Ela ainda ressalta que as próprias trabalhadoras lembrem-se da importância de criar uma rede de apoio entre si. “No mundo profissional, é fundamental acolher outras mulheres, fortalecendo uma comunidade solidária. A luta pela igualdade de gênero é uma jornada diária e, ao apoiarmos umas às outras, construímos uma rede robusta. À medida que testemunhamos o sucesso de outras mulheres, ganhamos a força necessária para conquistar novos espaços. Essa união é essencial para superarmos as barreiras existentes e construirmos um futuro mais inclusivo e igualitário”, conclui Gabriela.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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