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05 de Abril de 2024

ISI-ER vai à Espanha discutir tecnologias para parques eólicos offshore no Brasil

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O Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) embarca neste sábado (06) para a Espanha, onde vai discutir tecnologias de montagem e instalação de torres eólicas para parques offshore – no mar – do Brasil.

A missão tem como foco reuniões e visitas técnicas com a Esteyco, empresa espanhola de engenharia e arquitetura que atua desde 1996 na indústria de energia eólica e, desde 2010, com atividades voltadas também ao setor offshore.

O roteiro da viagem inclui desembarques na sede da Esteyco, em Madri, e na área onde foi instalado o protótipo de uma turbina para a tecnologia “ELISA”, desenvolvida e patenteada pela Esteyco.

A tecnologia é apresentada pela companhia como primeira turbina offshore fixada no leito marinho do sul da Europa, e primeira no mundo instalada sem a necessidade de navios de carga pesada.

Unidades do tipo são completamente montadas em terra, rebocadas até o destino, no mar, e instaladas com recursos considerados de baixo custo, como rebocadores, segundo a Esteyco. 

“Esse é um processo que usa pouca infraestrutura flutuante para montagem das torres e que reduz a complexidade e o custo da instalação no mar. O nosso objetivo é conhecer a tecnologia a fundo e discutir uma possível parceria com a empresa para utilizá-la nos nossos experimentos no Brasil”, diz o diretor do SENAI do Rio Grande do Norte, do ISI-ER e da Faculdade de Energias Renováveis e Tecnologias Industriais do SENAI-RN (FAETI), Rodrigo Mello

“Nós vamos estudar em que seria preciso inovar para as condições de solo, mar, vento e retaguarda para o ambiente de montagem dos aerogeradores no Brasil, que obviamente não são iguais às da Europa. A ideia é oferecer respostas à indústria brasileira que está nascendo”, acrescenta.

De acordo com o executivo, a tecnologia espanhola é típica de região de baixo calado, ou seja, para uso em águas rasas – uma condição de mar semelhante à encontrada no Rio Grande do Norte. Uma das principais vantagens é que a logística envolvida dispensa a necessidade de grandes estruturas de navios, atualmente escassas no mundo e caras, com a alta demanda puxada pela implantação de complexos eólicos offshore na China, nos Estados Unidos e em países da Europa.

“Diante desse contexto, a solução que estamos buscando facilita a operação, otimiza recursos que o Rio Grande do Norte já trabalha – como líder em empresas de montagem de torres em terra no país – e minimiza o custo envolvido no mar”, analisa Rodrigo Mello. 

“Não temos dúvida de que a tecnologia é muito aderente a nossa condição de produção e a ideia é fazer um intercâmbio tecnológico para os projetos que desenvolvemos no ISI. Certamente haverá caminhos a serem desenvolvidos para trazer a solução em definitivo para as condições locais de produção. Mas que inovação é oportuna? só saberemos ao final das tratativas e de futuros estudos”, complementa.

 

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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