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30 de Maio de 2018

Interesse crescente de mulheres executivas em altos cargos de direção impulsiona cursos na área

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De olho na oportunidade de uma carreira diferenciada na maturidade, mulheres executivas estão apostando na possibilidade de chegarem a altos cargos de direção em empresas. Para isso, muitas estão buscando formação complementar para atuar na área. O interesse impulsionou a criação do primeiro curso voltado especialmente a preparar mulheres para altos cargos de direção, intitulado ‘Advanced Boardroom Program for Women (ABP-W)’. Ele está sendo oferecido pela Saint Paul Escola de Negócios (www.saintpaul.com.br), em São Paulo, e já conta com lista espera.

“Temos visto no mundo inteiro um movimento para o aumento da presença feminina na gestão das empresas por uma razão simples: a performance da empresa melhora significativamente”, afirma Geovana Donella, conselheira de várias empresas familiares, entre elas a Merheje, e especialista em Governança Corporativa. Geovana é uma das professoras convidadas do programa da Saint Paul Escola de Negócios. Recentemente, o debate foi reaberto como uma decisão em Portugal que, até o início de 2020, deverá ter 33,3% dos integrantes de conselhos do sexo feminino. Geovana lembra que a deliberação atinge apenas as companhias com capital aberto.

Para Christiane Aché, diretora de pós-MBA da Saint Paul, a expectativa é de que a questão das cotas para mulheres em Conselhos saia logo, o que impacta na elevada procura pelo curso. “Temos entre as alunas três perfis definidos: as que são herdeiras, as que interagem com conselhos e as que querem se tornar conselheiras no curto ou médio prazo”, destaca Christiane, que acaba de retornar ao Brasil com grupo de alunas de um dos módulos internacionais do curso.

Estratégia e comportamento

O programa Advanced Boardroom Program for Women (ABP-W) da Saint Paul, com duração de 13 meses, objetiva desenvolver tanto o lado estratégico como comportamental das executivas. Busca também formar conselheiras de administração, ou membros em Comitês que apoiam o Conselho de Administração, como as áreas de gestão de riscos e auditoria, pessoas, estratégica, inovação, entre outros. E ainda oferece conhecimento aprofundado e integrado em governança corporativa, gestão de riscos e compliance.

No Brasil, do total de cadeiras em conselho existentes, apenas 7% são ocupadas por mulheres. Se forem excluídas as acionistas, o percentual cai para 3%. Em uma empresa, independente do porte ou da área de negócios, o papel do conselho é ser o guardião da empresa. Na prática, ele ajuda a companhia a ter um olhar estratégico de curto, médio e longo prazo, além de fazer a estratégia, monitorar e incentivar a empresa com boas práticas de governança.

Em geral, os conselhos podem ser consultivos ou administrativos: os administrativos incluem responsabilidade fiduciária aos conselheiros, sendo muito usados nas companhias abertas, e os consultivos não. Geralmente, os conselhos consultivos têm formação mais diversa e reuniões mais curtas, 4 horas, a cada mês. E mais, exibem uma formação mais diversa, devendo abrir para profissionais com especialização nas áreas de finanças, tributação, governança corporativa, inovação e jurídica, entre outros.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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