23 de Junho de 2025

Especialista alerta sobre os riscos da exposição dos pets ao barulho dos fogos de artifício

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Apesar de encantarem visualmente o público, os fogos ruidosos representam uma ameaça real para o bem-estar dos animais e das pessoas com hipersensibilidade auditiva. A médica-veterinária Kátia Freire, professora da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o ecossistema Ânima, chama a atenção para os danos muitas vezes invisíveis, mas prejudiciais para os animais.

É preciso compreender que os animais possuem uma audição muito mais aguçada que a dos seres humanos, em alguns casos, até dez vezes mais sensível. Por isso, o barulho intenso e repentino das explosões provoca reações de medo, dor, estresse e desorientação”, explica a especialista.

De acordo com a veterinária, os efeitos vão desde latidos excessivos, tremores, salivação e automutilação até complicações mais sérias. “Infelizmente, não são raros os casos de animais que morrem em decorrência do estresse ou que fogem em desespero e acabam atropelados ou feridos”, afirma. Além disso, os ruídos afetam também pessoas neuroatípicas e indivíduos com hipersensibilidade auditiva, que podem vivenciar crises dolorosas diante do barulho.

Os impactos nos animais não se restringem aos momentos de barulho. Segundo a professora, o estresse gerado pode desencadear crises respiratórias e alterações cardíacas, especialmente em filhotes, idosos ou animais com doenças pré-existentes. “E há ainda o trauma psicológico. Muitos desenvolvem fobias sonoras, comportamentos agressivos ou medo de ambientes abertos”, completa.

O que fazer para protegê-los?

A orientação mais eficaz, segundo a médica-veterinária, é simples: evitar o uso de fogos com ruídos. “Já existem alternativas modernas e encantadoras, como espetáculos com drones e projeções visuais — soluções inovadoras e ambientalmente corretas”, recomenda.

Caso o animal seja exposto a uma situação em que não é possível evitar o barulho dos fogos, a professora Kátia traz algumas recomendações. “Durante festas, mantenha os animais em ambientes seguros, fechados e tranquilos. Uma música ambiente suave pode ajudar a disfarçar os sons externos”, diz.

Ela também reforça que, se o animal já teve crises em anos anteriores, é fundamental procurar um veterinário. “Em alguns casos, pode ser necessário um tratamento com medicamentos ou técnicas de dessensibilização”, completa.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN. É apresentadora do programa Manhã CBN, na Rádio CBN Natal (91,1FM), gerente de comunicação da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) e sócia-diretora da agência Ska Comunicação, atuando como consultora para instituições e lideranças.

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