13 de Outubro de 2025
Dia do Fisioterapeuta: o encontro entre mente, corpo e cuidado que devolve qualidade de vida
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Mais do que aliviar dores, o fisioterapeuta é o profissional que ajuda a reconstruir vidas. A relação entre paciente e fisioterapeuta vai muito além das sessões de reabilitação: é um processo de confiança, acolhimento e transformação que devolve autonomia e esperança a quem convive com limitações físicas ou dores crônicas.
Um exemplo dessa parceria está na história de Jucirene Medeiros, de 55 anos. Diagnosticada com fibromialgia e lúpus, ela viveu anos marcados por dor constante, noites mal dormidas e perda da qualidade de vida. “Cheguei a pensar que nada mais poderia me ajudar. Tinha dor no corpo inteiro, me sentia frustrada, incapaz, e até pensei em desistir da vida”, relembra.

A virada veio quando o reumatologista que a acompanhava indicou a fisioterapeuta Kelly Gama, especialista no tratamento da dor crônica. “No início, Jucirene estava resistente, porque já havia tentado outros tratamentos sem sucesso. O desafio foi fazê-la entender que o processo seria diferente: que a fisioterapia não trataria apenas o corpo, mas também a forma como o cérebro entende e responde à dor”, explica Kelly.
Com o uso de estratégias de neurociência da dor, a fisioterapeuta aplicou técnicas que ajudam o cérebro a reinterpretar os sinais de dor. Kelly usou o método criado por ela para tratar casos como esse: o RessignificaDor. Foram trabalhados exercícios graduais, técnicas de respiração, relaxamento e até a chamada imagética motora, que estimula o corpo a se mover de forma segura e confiante. “A partir do momento em que ela compreendeu que dor não é sinônimo de lesão, passou a se expor mais, a se movimentar e a retomar atividades do dia a dia”, conta Kelly.
O resultado foi transformador. Em poucos meses, Jucirene voltou a caminhar, fazer faxina, cuidar da casa e até frequentar a academia. “Hoje, ainda sinto dor, mas é suportável. Voltei a viver. Trabalho, faço musculação, danço e tenho uma vida ativa”, relata emocionada.
O caso de Jucirene mostra como o fisioterapeuta pode ser um elo fundamental entre o sofrimento e a recuperação, especialmente no tratamento da dor crônica, uma condição que afeta milhões de brasileiros e que, segundo Kelly, ainda é subestimada. “Muita gente acha normal sentir dor todos os dias. Mas quando ela dura mais de três meses, já não é mais uma dor comum — é uma doença que precisa de cuidado especializado”, alerta.
Hoje, 13 de outubro, Dia do Fisioterapeuta. A data celebra não apenas uma profissão, mas a dedicação de quem devolve movimento, autonomia e dignidade a tantas pessoas. Para Kelly Gama, o maior presente é ver seus pacientes retomando o prazer de viver. “A fisioterapia vai além das técnicas. É escuta, é vínculo, é entender que cada dor é única e que cada melhora é uma conquista compartilhada”.
