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23 de Agosto de 2019

YouTube estuda retirar anúncios direcionados a crianças

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Para satisfazer a reguladores, o YouTube planeja encerrar anúncios direcionados a crianças em vídeos infantis. A iniciativa tem início nos Estados Unidos, a partir de uma demanda da Federal Trade Commission (FTC), que investiga se a plataforma de vídeos do Google violou a Lei de Privacidade On-line para Crianças (Coppa, na sigla em inglês). A agência chegou a um acordo com a empresa, mas não divulgou os termos, assim como não está claro se as alterações do YouTube à segmentação de anúncios infantis são resultado desse acordo.

Se a Coppa foi violada, o YouTube pode pagar uma multa de milhões de dólares. Porta-vozes da plataforma e do FTC não quiseram comentar. Como os anúncios segmentados coletam informações sobre o espectador, a legislação impede que as empresas os sirvam para menores de 13 anos sem a permissão dos pais. Essas mensagens comerciais dependem de muitos dados digitais, como cookies de navegação na web, e são parte importante dos negócios do Google.Livrar-se de anúncios segmentados em conteúdo infantil pode ter impacto nos resultados da multinacional, mas seria uma solução muito menos cara do que outros possíveis remédios que visam acalmar os reguladores.

Há muito tempo o YouTube afirma que seu site principal não é para crianças e que elas devem usar o aplicativo YouTube Kids, que não usa anúncios direcionados. Mas os vídeos de desenhos animados e cenários coloridos no site principal têm bilhões de visualizações. A plataforma teve, porém, muitos problemas com conteúdo infantil, como assédios na área de comentários, que foram desativados. Esse histórico incomodou tanto pais como os próprios criadores de vídeos, e deu munição aos rivais do YouTube.

No momento, o YouTube vende dois tipos diferentes de anúncios em vídeo, de maneira geral. Um simplesmente sincroniza o contexto de um vídeo com uma mensagem comercial: um clipe sobre basquete pode ter um anúncio da Adidas, por exemplo. O outro tipo usa uma matriz de sinais digitais. Nessa modalidade, profissionais de marketing podem alcançar espectadores de um grupo demográfico específico, como proprietários de residências ou pais de primeira viagem, com base nos vastos dados do Google: websites visitados, pesquisas que fazem etc. O YouTube não divulga valores obtidos com a venda dessa mídia, mas a maioria dos anúncios digitais é mais lucrativa quando combinada com dados de segmentação. Outros gigantes da tecnologia, como a Apple, já têm iniciativas de desligamento de ferramentas de coleta de dados em serviços direcionados às crianças.

Fonte: Portal Meio e Mensagem

Disponível em: https://www.meioemensagem.com.br/home/midia/2019/08/21/youtube-estuda-retirar-anuncios-direcionados-a-criancas.html

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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