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06 de Dezembro de 2021

UFRN tem mais dois pesquisadores eleitos na Academia Brasileira de Ciência (ABC)

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Os cientistas Elisama Vieira dos Santos, da Escola de Ciência e Tecnologia (ECT/UFRN) e pesquisadora do Instituto de Química (IQ/UFRN), e Rafael Chaves Souto Araújo, também da ECT/UFRN e pesquisador do Instituto Internacional de Física (IIF/UFRN), foram escolhidos, nesta quinta-feira, 2, como novos membros da Academia Brasileira de Ciência (ABC), na categoria Afiliados – Região Nordeste e Espírito Santo. Eles tomam posse no dia 1º de janeiro de 2022 em cerimônias marcadas pela realização de simpósios científicos em cada região, para que apresentem suas pesquisas. Com essa eleição, a UFRN passa a contar com seis assentos na ABC, incluindo um de membro titular.

Para Elisama Santos, é uma honra e um sonho fazer parte da ABC, ao mesmo tempo que encara como uma grande responsabilidade e injeção de ânimo para seguir em frente e continuar contribuindo para o desenvolvimento da pesquisa brasileira e formação de recursos humanos. “A ABC reúne grandes cientistas brasileiros reconhecidos mundialmente e sempre está lutando para a valorização da ciência, tendo obtido conquistas importantes. Desejo continuar contribuindo nessa direção”, reforça. 

Ainda segundo a professora, a participação como membro afiliada da ABC permitirá com que a UFRN tenha uma participação destacável nas discussões atuais da ciência brasileira visando o avanço científico e tecnológico. Além disso, eleva ainda mais o nível de comprometimento e responsabilidade da instituição com os membros da ABC. Elisama defende também que marcar esse território é importante porque a integração com pesquisadores renomados a nível nacional e internacional soma forças nas atitudes e nas decisões em prol da luta para o desenvolvimento ininterrupto da ciência em nosso país.

“No âmbito da pesquisa desenvolvida no Laboratório de Eletroquímica Ambiental e Aplicada, laboratório do qual eu faço parte, essa aproximação com ABC evidencia que a pesquisa está tendo um impacto notável no Brasil bem como no exterior, e consequentemente, está contribuindo visivelmente na formação de recursos humanos. Espero também que esse reconhecimento pela ABC e aproximação estimule o interesse dos alunos pelas áreas das ciências exatas e engenharias, especificamente no tema da aplicação das tecnologias eletroquímicas para a proteção e preservação do meio ambiente”, complementa. 

Para o professor Rafael Chaves, neste momento crítico de negacionismo científico e completa falta de investimento, a ABC tem tido um papel fundamental para evitar o colapso da ciência nacional. “Além de inúmeras publicações e eventos muito atuais, a ABC está constantemente buscando o diálogo com todos os setores da sociedade e, em particular, vem tentando sensibilizar os políticos sobre a importância da ciência para o desenvolvimento do nosso país”, disse o pesquisador.

Ele acredita que esse reconhecimento seja fruto do trabalho coletivo de seu grupo de pesquisa no IIF/UFRN, que tem conseguido produzir ciência da mais alta qualidade. “Fico muito grato por ter sido indicado e eleito como membro afiliado da ABC. Espero poder contribuir para a ABC e representar a UFRN, o Instituto Internacional de Física, a Escola de Ciências e Tecnologia e a pós-graduação do Departamento de Física da melhor forma possível”, completa.

A UFRN na ABC

O pesquisador José Renan de Medeiros é o único pesquisador da UFRN membro titular da Academia Brasileira de Ciências. Além dele, são membros afiliados os pesquisadores Bruno Ricardo de CarvalhoLuiz Felipe Cavalcanti Pereira e Felipe Bohn, todos do Departamento de Física Teórica e Experimental (DFTE) do Centro de Ciências Exatas e da Terra (CCET/UFRN).

José Renan lembra que a instituição completou 125 anos de fundação, representando a principal instituição científica do País, congregando hoje cerca de 570 acadêmicos titulares, que representam os principais cientistas do país em todas as áreas do conhecimento. Sua missão principal é participar da formulação de políticas públicas para a área científica,  tendo como foco o desenvolvimento científico do país, a interação entre cientistas brasileiros  e a atuação destes com pesquisadores de outras nações. 

Renan explica que a Academia tem três categorias principais de membros: titulares, que são cientistas radicados no Brasil há mais de 10 anos, com destacada atuação científica; afiliados, que são jovens pesquisadores de excelência, com até 40 anos de idade, que fazem parte da Academia por um período de cinco anos; e correspondentes, que são cientistas de reconhecido mérito científico, radicados no exterior, que tenham contribuído para a ciência brasileira. As candidaturas para membros afiliados são apresentadas por acadêmicos titulares, a partir de uma profunda análise de seus currículos. 

“Com a eleição de mais dois membros afiliados, a UFRN avança um pouco mais na sua presença na Academia, ampliando também as perspectivas de participação no debate científico brasileiro. Os jovens Cientistas recém-eleitos terão também a possibilidade de mostrar suas atividades científicas na Academia e em fóruns internacionais e de fomentar novas colaborações no país e no exterior”, completa Renan.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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