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11 de Maio de 2023

UFRN: Startups utilizam nanotecnologia na produção de cosméticos e de biodegradáveis

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Geração e utilização de novas tecnologias em ciências da vida são o que direcionam a incubadora BioInova, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), vinculada ao Centro de Biociências (CB) e ao Centro de Ciências da Saúde (CCS), para trabalhar com startups. É o caso da criação de novos insumos para cosméticos à base de frutas populares e de uma alternativa para a degradação de resíduos oleosos aplicados em rejeitos industriais para a descontaminação, iniciativas que foram propostas por duas empresas incubadas.

Em virtude desse comportamento empreendedor, a BioInova é uma das sete com propostas de pesquisa contempladas no edital nº 16/2021 da Fundação de Amparo e Promoção da Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio Grande do Norte (Fapern), que busca subsidiar incubadoras de empresas destinadas a colaborar com as cadeias produtivas das indústrias no estado.

“O estímulo à inovação e ao desenvolvimento das cadeias produtivas do RN por meio da seleção e do apoio às incubadoras, como a BioInova, da UFRN, é uma atividade que atende a um dos objetivos da Fapern, que trata de estimular e de apoiar a criação e o desenvolvimento de empresas de base tecnológica”, esclareceu a diretora de desenvolvimento tecnológico e de inovação da Fundação, Marta Matos.

Foto: Heitor Queiroz – FAPERN

De acordo com o professor Matheus de Freitas Pedrosa, diretor executivo da BioInova, as empresas apresentam avanços significativos nos produtos desenvolvidos, tendo em vista que estes foram testados, executados e, agora, estão aguardando a produção em grande escala. Além disso, ele relata que a participação da incubadora em oficina de empreendedorismo e de inovação, ocorrida em janeiro, em Araraquara/SP, contribuiu positivamente para a continuidade do projeto. 

“A participação no evento foi possível devido ao amparo que a incubadora recebeu da Fapern, além do apoio da UFRN e de outros recursos que foram essenciais para a continuidade das atividades. Estamos em fase de finalização de alguns projetos e já enxergamos o potencial das startups e a utilidade dos produtos que serão entregues”, esclareceu o professor.  

O edital nº 16/2021 destinou à incubadora BioInova um recurso total de R$ 15 mil, sendo distribuído em forma de bolsa, de custeio e de capital. Foi oferecida uma bolsa de iniciação científica no valor de R$ 400, com vigência de 12 meses, a ser contada a partir do início das atividades. Ademais, foram destinados R$ 5 mil para custeio e R$ 5,2 mil para capital.  Os recursos são oriundos do Fundo Estadual de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundet).

Startups e produtos parciais

Entre as startups incubadas, duas estão com os produtos finalizados: ISnano e MicroCiclo. Esta já está atendendo a uma empresa do sul do país. Aquela é especializada na aplicação de nanotecnologia para a indústria farmacêutica. O projeto traz como resultado preliminar novos insumos para cosméticos à base de frutos, como o açaí, a goiaba e o urucum, além de uma nova base de pracaxi para a pele. 

A MicroCiclo, por sua vez, trabalha com a geração de novas tecnologias. Os primeiros resultados mostram o desenvolvimento de produtos que são compostos por bactérias, cuja função é promover a degradação de resíduos oleosos, e são aplicados em rejeitos industriais para a descontaminação.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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