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23 de Junho de 2022

UFRN registra recorde de patentes, acessibilidade digital e novos acordos de cooperação

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Por Marina Gadelha – Ascom-Reitoria

Além de avanços no ensino, na pesquisa e na extensão, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) realizou ações importantes para o fortalecimento da inovação, inclusão e internacionalização nos últimos três anos. As iniciativas voltadas às duas primeiras áreas começaram ainda em 2019, quando o Conselho Universitário (Consuni) criou a Agência de Inovação (AGIR) e a Secretaria de Inclusão e Acessibilidade (SIA). De lá para cá, novas conquistas marcam a trajetória das unidades.

A AGIR surgiu com a missão de transformar conhecimento tecnológico em inovação e, consequentemente, gerar valor para universidade, empresas, governo e sociedade em geral. Os esforços nesse sentido resultaram nos melhores números de concessões de patentes em toda a história da instituição, além do depósito da primeira patente internacional. Para se ter noção do crescimento, a UFRN terminou o ano de 2019 com 25 patentes e, em fevereiro deste ano, alcançou a marca de 50 patentes concedidas pelo Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI).

Hoje, são 54 patentes no total, que colocam a UFRN como a instituição com maior número de concessões no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O diretor da AGIR, Daniel Pontes, explica que esse registro atesta a inovação das tecnologias propostas, em atendimento aos critérios técnicos do INPI. A partir da carta patente, é possível realizar o licenciamento para uso aplicado nas empresas interessadas. 

A UFRN é ainda a universidade com maior número de registros de programas de computador, conforme o último ranking nacional de maiores depositantes divulgado pelo INPI. “Isso mostra o potencial da instituição em atuar na criação em Tecnologia da Informação”, ressalta Daniel Pontes, que cita como exemplo os Sistemas Integrados da UFRN, utilizados por mais de 80 instituições no Brasil por meio da transferência de tecnologia. Atualmente, a UFRN dispõe de 303 registros de programas de computador junto ao INPI.

A AGIR também atua com ambientes promotores de inovação, com cinco incubadoras de empresas, um parque tecnológico implantado – Parque Metrópole – e outro em desenvolvimento – Parque Científico e Tecnológico Augusto Severo (PAX). O empreendedorismo recebe apoio por meio de cursos promovidos para a comunidade universitária, divulgação de eventos e editais.

Mais recentemente, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) aprovou a resolução que institui a Política de Inovação na instituição. O documento atende à necessidade de estabelecer normas que regulem a propriedade intelectual, a transferência de tecnologia, o empreendedorismo tecnológico, a exploração econômica, as parcerias para desenvolvimento de tecnologias e os incentivos à inovação, de modo a fortalecer a ciência e a tecnologia na UFRN. Segundo Daniel Pontes, a aprovação do documento é um marco para a UFRN, por se tratar da primeira política voltada para as atividades de inovação. 

Inclusão

A inclusão na UFRN tem sido construída de forma institucionalizada desde 2010, quando foi criada a Comissão de Apoio a Estudantes com Necessidades Educacionais Especiais (Caene). A unidade foi transformada na Secretaria de Inclusão e Acessibilidade (SIA), em 2019, a fim de garantir uma atuação constante na promoção da cultura e condições adequadas para o acesso e a permanência de pessoas com necessidades específicas em âmbito acadêmico e profissional da UFRN. 

Para o secretário de Inclusão e Acessibilidade, Ricardo Lins, a criação da SIA fortalece a Política de Inclusão e Acessibilidade, instituída em 2019 pelo Conselho Universitário (Consuni), e amplia as relações dentro da instituição para um trabalho mais consolidado. A partir da Política, houve a formação das Comissões Permanentes de Inclusão e Acessibilidade nas unidades acadêmicas e administrativas da UFRN, que têm a missão de identificar as demandas locais e propor um plano de ação anual. 

“Esse trabalho tem uma grande significância, pois agora nós vemos a inclusão como realidade na cultura institucional. As pessoas estão preocupadas com a acessibilidade e traçam ações de execução, enquanto a SIA passa a assumir uma função de mediadora e articuladora”, comemora Ricardo Lins. O secretário também destaca os avanços na acessibilidade digital, que tem sido incorporada gradativamente na instituição, onde já existem relatórios institucionais que contam com todos os critérios de acessibilidade.

Recentemente, a UFRN disponibilizou o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) na versão de Língua Brasileira de Sinais (Libras), no Canal da UFRN no Youtube. A iniciativa disponibiliza à comunidade universitária e à sociedade, de forma mais acessível, o documento que define os rumos da instituição para a próxima década. 


O desenvolvimento de projetos de pesquisa na área de tecnologia assistiva recebe fomento na UFRN, por meio de edital da Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq), em parceria com a SIA. O primeiro foi lançado em 2019, quando houve investimento de mais de 200 mil reais em 12 projetos selecionados. Outro edital será lançado ainda neste ano, após o levantamento dos desafios enfrentados pelas pessoas com necessidades específicas na instituição. Essa e outras ações tornam a UFRN referência para outras universidades do Brasil, que realizam visitas técnicas para conhecer o trabalho desenvolvido localmente.

A inclusão também passa pela permanência estudantil, apoiada por meio de serviços, residências universitárias, Restaurante Universitário (RU) e auxílios estudantis. Entre as novas ações afirmativas implementadas, estão a reserva de vagas na ampla concorrência para pessoas com deficiência, nos cursos de graduação e técnicos de nível médio, além do argumento de inclusão da agricultura familiar para ingresso em cursos técnicos de nível médio ofertados na Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ).

Internacionalização

Diante dos desafios da pandemia, que impediu a mobilidade presencial de estudantes e pesquisadores, a UFRN realizou ações para garantir o desenvolvimento da internacionalização e manteve em ascensão os acordos de cooperação com instituições de outros países, conforme atestam os números: 55 novos acordos foram assinados durante a pandemia e, somente neste ano, outros 12 se concretizaram até o mês de maio. No total, a UFRN dispõe atualmente de 195 acordos de cooperação com diversos países, entre eles Portugal, França, Estados Unidos e Espanha. 

A Secretaria de Relações Internacionais da UFRN (SRI) permaneceu ativa durante a crise sanitária, por meio da participação em eventos virtuais internos e externos, além do diálogo constante com as demais universidades brasileiras ligadas a entidades como a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino (Andifes) e a Associação Brasileira de Educação Internacional (FAUBAI). Na Andifes, por exemplo, a UFRN participou de discussões levadas para a Conferência Mundial da Unesco, enquanto pela FAUBAI, as iniciativas proporcionam respaldo internacional. O secretário de Relações Internacionais da UFRN, Márcio Venício Barbosa, foi eleito em 2021 como presidente da FAUBAI, que conta com mais de 200 instituições associadas.

Novos projetos seguem em construção, como a criação de uma cátedra franco-brasileira na UFRN, a partir de parceria firmada neste ano com a Embaixada da França no Brasil. A proposta consiste na visita de um professor francês titular, para a permanência de um a seis meses, a fim de ministrar aulas e desenvolver outras atividades durante sua estadia no Brasil. No ano posterior, o intercâmbio acontece com a ida de um professor brasileiro para a França. As áreas de conhecimento e temáticas abordadas estão em processo de decisão interna.

“A UFRN tem se mantido no cenário internacional e se destaca como referência em vários processos de trabalho. Somos bastante procurados por outros colegas, que desejam aprender conosco, e também compartilhamos nossos conhecimentos em eventos nacionais”, afirma Márcio Venício, que aponta a visibilidade internacional da UFRN como meta a ser desenvolvida nos próximos anos. Nesse sentido, a instituição conta com o apoio do Instituto Ágora da UFRN, voltado ao aperfeiçoamento de línguas e conhecimento de culturas estrangeiras pela comunidade universitária, assim como ao ensino de língua portuguesa e cultura brasileira aos estudantes estrangeiros. A unidade tem como objetivo atuar de forma decisiva para a internacionalização da UFRN.

A UFRN também registra avanços em outras áreas de atuação, que serão detalhadas em mais uma reportagem da série “UFRN avança”, com o objetivo de prestar contas das conquistas alcançadas nos últimos anos. Confira a primeira reportagem “UFRN avança: qualidade acadêmica“.

Foto: Cícero Oliveira

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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