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10 de Junho de 2022

UFRN registra avanço na qualidade acadêmica

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Por Marina Gadelha – Ascom Reitoria/UFRN

Nos últimos anos, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) avançou. A despeito do mar agitado, em meio a tempestades até então nunca enfrentadas, a instituição permaneceu no rumo certo, graças ao esforço de uma comunidade universitária que permaneceu firme e juntou forças em busca do desenvolvimento. Essa é a avaliação da atual gestão da UFRN, que completa três anos de trabalho e presta contas das conquistas alcançadas mesmo diante de uma crise sanitária, marcada pela pandemia da covid-19, e orçamentária na rede de universidades federais.

De acordo com o reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo, as dificuldades não impediram a implementação de importantes ações voltadas à consecução da missão institucional, o que ele atribui à dedicação de todos os segmentos da comunidade universitária – estudantes, técnicos, docentes e terceirizados. Entre as iniciativas de destaque está a criação da Faculdade de Engenharia, Letras e Ciências Sociais (Felcs), fruto da reestruturação do campus Currais Novos, que em 2022 teve a oferta de cursos ampliada após a criação da graduação em Engenharia de Produção. Para o campus central, por sua vez, foi aprovada a criação do curso de Administração Pública.


Outra ação importante tem sido realizada pela melhoria da qualidade do ensino nos cursos ofertados, a fim de avançar cada vez mais no caminho da excelência em todos os níveis. Esse esforço colocou a UFRN em evidência no último Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), em que mais de 77% dos cursos da instituição foram avaliados com conceito 4 ou 5 (consideradas notas de excelência) e o número de avaliações máximas mais que dobrou. No Índice Geral de Cursos (IGC) de 2019, divulgado em 2021, a UFRN lidera como a melhor do Estado e se consolida entre as cinco melhores do Norte e Nordeste. 

Em relação aos projetos acadêmicos, a UFRN aprovou a resolução que disciplina os procedimentos para formalização e execução dos projetos de ensino; pesquisa; extensão; desenvolvimento institucional; desenvolvimento tecnológico e científico; estímulo à inovação e projetos integrados. O documento unifica as informações, antes distribuídas em 10 resoluções distintas, e simplifica os processos, conforme as demandas apresentadas pelos coordenadores. O conteúdo foi construído desde 2021, a partir de amplas discussões com pró-reitorias, coordenadores de projetos, fundação de apoio, diretores de Centros e Comitê de Governança. 

Pesquisa

No âmbito da pesquisa, a instituição registrou, entre 2018 e 2022, um aumento de 29% no número de bolsistas Pesquisadores Produtividade e de Bolsas de Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O fomento na UFRN segue com a concessão de auxílios financeiros, bolsas de Iniciação Científica (IC) e de Iniciação Tecnológica (IT) para a execução de projetos de pesquisa, a fim de aumentar a competitividade nas chamadas futuras do CNPq.

Os novos pesquisadores recebem atenção especial, por meio de auxílio financeiro para apoio a projetos de pesquisa. Em 2020, a Pró-Reitoria de Pesquisa (Propesq) selecionou 10 projetos para financiamento pela Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), que destinou R$ 200 mil para o edital voltado aos pesquisadores que não ainda não haviam coordenado projetos financiados por instituições de fomento. O período para execução desses projetos ainda está em vigor e vai até agosto deste ano.

Entre de 2019 e 2022, foram investidos cerca de R$ 18 milhões em bolsas de Iniciação Científica (IC) e de Iniciação Tecnológica (IT), com a concessão de 1.300 bolsas por ano, em média. No mesmo período, a UFRN fomentou diretamente em torno de 70 projetos, com a concessão de mais de R$ 2 milhões como auxílio à pesquisa. Além do fomento direto, os pesquisadores da instituição captaram mais de R$ 200 milhões, por meio da execução de projetos de pesquisa em parceria com instituições públicas e privadas.

Extensão e empreendedorismo

A extensão comemora a ampliação do número de editais publicados e a concepção de quatro projetos estruturantes, além da aprovação do Regulamento de Extensão da UFRN. O documento, aprovado neste ano pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), reúne as diretrizes e princípios, assim como define os aspectos da extensão no âmbito da UFRN, de modo a facilitar a consulta das normas pela comunidade em geral. A curricularização da extensão é outra importante ação, que tem sido implementada desde 2019 nos cursos de graduação da UFRN. Atualmente, 51% do total de cursos estão na fase final desse processo.

O programa Trilhas Potiguares, que promove a efetiva interação entre Universidade e comunidades de pequenos municípios do RN, retoma as atividades em 2022 após uma pausa de dois anos, em virtude da pandemia. A edição deste ano aborda a temática Trilhas Potiguares: retornando com saúde, esperança e cidadania, e será realizada nas cidades de Lagoa d’Anta, Passagem, Patu, Poço Branco, Monte das Gameleiras, Lagoa Salgada, Serra Negra do Norte, Tibau do Sul, Campo Grande e Umarizal. 

O apoio ao empreendedorismo progrediu a passos largos, por meio da Central de Empresas Juniores, vinculada à Pró-Reitoria de Extensão (Proex). “Passamos a realizar credenciamento anual e atuar de forma mais próxima aos alunos, cursos e centros acadêmicos, o que resultou no aumento do número de empresas a partir de 2019”, afirma o pró-reitor de extensão, Graco Aurelio Viana. Hoje em dia, a UFRN conta com 37 empresas juniores credenciadas e oito em processo de fundação, o que envolve aproximadamente 800 alunos e 45 professores tutores. Mais de mil projetos são executados anualmente por essas empresas, que, além de contribuírem para o desenvolvimento local e regional, enriquecem as competências empreendedoras dos estudantes.

Os avanços na área levaram a UFRN à posição de mais empreendedora entre as universidades do Norte, Nordeste, Sul e Centro-Oeste, conforme o Ranking de Universidades Empreendedoras da Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior). A instituição ocupa a sexta colocação entre todas as universidades brasileiras, atrás apenas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Universidade de São Paulo (USP); Universidade Federal de Viçosa (UFV); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), todas da região Sudeste do país.

O coordenador da Central de Empresas Juniores, Kleber Cavalcante de Souza, avalia que o destaque no ranking é fruto do trabalho para melhorar o relacionamento institucional com as empresas juniores e dar mais visibilidade a elas, além de oferecer o melhor acompanhamento dos processos relativos às atividades acadêmicas e de formação empreendedora. Outro diferencial foi a inauguração da Central de Empresas Juniores no Centro de Convivência da UFRN, que proporciona visibilidade e atendimento de qualidade aos clientes.

Covid-19

A chegada do novo coronavírus ao Brasil, no início de 2020, aconteceu ainda no primeiro ano de gestão do reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo, e do vice-reitor Henio Ferreira de Miranda, que instalaram o Comitê Covid-19 para orientar as medidas a serem adotadas nesse momento. O cenário de pandemia levou à transição da grande parte das atividades presenciais para o formato remoto, quando todos os membros da instituição continuaram o trabalho e os estudos na segurança de suas residências. Para tanto, a UFRN capacitou professores e ofereceu auxílios estudantis voltados à aquisição de internet e equipamentos de Tecnologia da Informação (TI).

O apoio institucional permitiu a manutenção das atividades acadêmicas e administrativas durante todo o período remoto, finalizado no dia 28 de março de 2022, quando houve o retorno 100% presencial. Durante a pandemia, a UFRN cumpriu com a sua missão social no combate ao novo coronavírus, por meio de ações em diversas frentes, tais como atendimento em saúde, pesquisas, realização de exames, criação de plataformas, vacinação e produção de cartilhas.

Uma força-tarefa foi acionada para auxiliar o Laboratório Central de Saúde Pública do RN (Lacen) na realização de, aproximadamente, 200 mil testes para diagnóstico da covid-19. A UFRN também identificou novas variantes no Estado e desenvolveu soluções tecnológicas, como o RN + Vacina e o Regula RN. “Solidariamente engajados, nossos três hospitais universitários e unidades como o Instituto de Medicina Tropical (IMT) se revelaram decisivos na assistência à saúde durante a crise sanitária”, ressalta o reitor, que também cita a produção de álcool 70% para doação a unidades públicas de saúde, por meio do Núcleo de Pesquisa em Alimentos e Medicamentos (Nuplam). 

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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