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22 de Setembro de 2023

UFRN oferece capacitação para tratamento de cadáveres

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Apegar-se a um tabu ancestral ou aproveitar uma oportunidade de carreira? Preparar-se para um trabalho como tanatopraxista pode despertar questões éticas, religiosas e até sentimentos intrínsecos aos seres humanos, como o medo da morte e do desconhecido. Definitivamente não é um trabalho para qualquer um. Mas se você acredita ter perfil para a função, pode se surpreender com as possibilidades oferecidas por um mercado em ascensão.

A tanatopraxia é o nome dado aos procedimentos utilizados para a higienização, preparação e conservação de cadáveres com o objetivo de retardar a decomposição natural. Tanatopraxista é o nome do profissional da área que usa manejos específicos para trocar os fluidos corporais por substâncias conservantes, utilizando técnicas desenvolvidas para esconder possíveis falhas – cortes e hematomas, por exemplo – e melhorar a aparência estética dos falecidos para as cerimônias de despedida.

“Esse mercado é carente de profissionais, pois poucas pessoas se dedicam a essa área. Um profissional que tenha essa capacitação vai conseguir mais facilmente se encaixar nas oportunidades”, acredita o professor Expedito Silva do Nascimento Júnior, coordenador da nova capacitação, oferecida pela primeira vez no Centro de Biociências da UFRN.

O curso abriu inscrições nesta sexta-feira, 22 de setembro, para uma formação de 52 horas que vai ocupar os quatro finais de semanas do mês de novembro, no período da manhã e da tarde. Não há necessidade de uma capacitação anterior na área da saúde, basta que os candidatos tenham o ensino médio completo. No total, estão sendo ofertadas 20 vagas.

Durante a formação, os alunos terão aulas teóricas sobre anatomia humana, sistema circulatório, sistema respiratório, cavidades corporais, preparação do corpo para embalsamamento, conceitos de ética e bioética. As atividades práticas já começam no segundo final de semana do curso e serão realizadas no setor de preparação de corpos de uma empresa funerária potiguar.

A ementa da capacitação diz que, além de ser um curso profissionalizante para atuação em empresas privadas e públicas, como clínicas de tanatopraxia e funerária, tanatórios, laboratórios de anatomia e hospitais, os participantes também podem atuar de forma autônoma e usar o conteúdo ministrado nas aulas como auxiliar para aprovação em concursos públicos da Polícia Científica ou nas prefeituras que possuem o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO).

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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