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07 de Abril de 2023

Trapiá Semente apresenta As pelejas de Baltazar

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Com abertura de temporada prevista para o próximo domingo (09), o espetáculo será apresentado em seis municípios da região do Seridó

Rosinha suspeita que está grávida. Para confirmar a suspeita, ela pede para Baltazar, seu marido, procurar uma benzedeira. Quando ele retorna com a benzedeira, descobre que Rosinha foi engolida pelo Papa Figo, um dos personagens da cultura popular nordestina. As pelejas enfrentadas por Baltazar para salvar Rosinha viraram espetáculo e serão apresentadas no próximo domingo (09) no município de Equador. Estão previstas duas apresentações na cidade: às 10h na comunidade Alto da Boa Vista e às 19h em frente à igreja matriz. A entrada é gratuita. A caravana também vai passar pelos municípios de Carnaúba dos Dantas, Cruzeta, Currais Novos, Parelhas e Acari. 

O espetáculo faz parte do repertório da Trapiá Cia Teatral e integra a fase Cultivar do projeto Trapiá Semente, sendo apresentado sempre em duas sessões aos domingos em todas as seis cidades que foram contempladas em 2022 pelo projeto cultural.

A saga de Baltazar é acompanhada de perto por vários personagens da cultura popular nordestina e brasileira: mula sem cabeça, Nego d’água, lobisomem. A narrativa é contada pelos brincantes Mateo e Birico, que utilizam o teatro de bonecos para criar uma maior interação entre atores e plateia.

Um dos diferenciais da montagem é que o espetáculo ocorre também fora da tolda, já que diversas cenas são trazidas para muito próximo do público através dos atores e da tridimensionalidade do cenário. Por ser um trabalho apresentado na rua, o espetáculo valoriza a interação com o público e o improviso, trazendo a plateia para dentro da história.

Segundo Alexandre Muniz, ator da Trapiá Cia Teatral, proporcionar essa experiência com a arte levanta importantes discussões nas comunidades e ajuda a estabelecer novas perspectivas e sonhos dos moradores de forma que valoriza e, ao mesmo tempo, transforma a cultura local. 

“Retornaremos nas cidades que fizeram parte do projeto Trapiá Semente em 2022 e sabemos o quanto o público desses municípios que acolheram tão bem o nosso projeto esperam por mais essa atividade da Trapiá Cia Teatral. O Sertão é a nossa casa e fazer arte para o nosso povo é o que nos move a cada projeto que desenvolvemos na Associação Trapiá. É lindo ver a intensa mobilização das pessoas que moram nesses lugares para receber um espetáculo de teatro”, afirma Alexandre.

Além da fase Cultivar, o projeto Trapiá Semente contempla também outras três etapas: Semear, Regar e Florescer. Na Semear, os municípios recebem duas apresentações do espetáculo ‘Menino Pássaro’. Na fase Regar, os jovens das cidades contempladas pelo projeto participam de um curso de teatro e de oficinas de iniciação teatral, construção de instrumentos, criação de cena e direção de arte. Na etapa Florescer, os participantes apresentam espetáculos criados por eles, com a orientação do arte-educador, enquanto na fase Cultivar, as cidades recebem duas apresentações do espetáculo ‘As Pelejas de Baltazar’ e oficinas de som e improvisação.

Segundo Tatiane Fernandes, diretora geral da Mapa Realizações Culturais, esta é uma forma de compartilhar o pensamento e a forma do fazer Teatral da Cia Trapiá com os grupos que nasceram com o projeto no ano passado, além de ser uma oportunidade para todos os moradores dessas cidades terem acesso a um espetáculo de teatro profissional.

A Mapa Realizações Culturais fomenta as ações da Trapiá Semente e de vários projetos culturais no estado, como os projetos Movidos Dança Contemporânea, o Movimento Sinfônico e o Musical Universo Fantástico. Todos esses projetos são realizados através da Lei Câmara Cascudo, com recursos do Governo do RN/Fundação José Augusto e patrocínios do Edital Transformando Energia em Cultura, Instituto Neoenergia e Neoenergia Cosern, além de outras empresas parceiras. 

Sobre a Trapiá Cia Teatral

Com o pé fincado nas artes cênicas, a Trapiá Cia Teatral nasceu em 2014 com a proposta de descobrir obras teatralizáveis e convidar um dramaturgo para fazer a transposição do texto literário ou científico para a linguagem cênica. A companhia é formada por artistas da área do teatro, música e artes visuais, que decidiram se juntar para desenvolver novas pesquisas no campo da teatralidade, desde o processo formativo teórico até os processos de montagem de espetáculos, partindo de textos adaptados e inspirados em obras literárias e científicas. Uma das questões que determina as escolhas da Trapiá é sempre dialogar com o espaço em que atua, o sertão.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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