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06 de Setembro de 2020

Trabalho remoto na quarentena movimenta setor de data centers no Brasil

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A pandemia do novo coronavírus impactou diretamente no setor de processamento de dados, já que vários segmentos da economia precisaram migrar para o universo digital para manterem seus negócios.

Durante o período de distanciamento social instituições educacionais precisaram adotar o ensino remoto, empresas necessitaram de plataformas de acesso à nuvem e de teleconferências, o comércio investiu nas vendas on-line com o fechamento de lojas físicas, bancos viabilizaram acesso ao sistema via apps e sites para evitar que clientes fossem às agências.

Todas essas demandas demonstram a relevância dos dados no contexto atual e para o pós-Covid-19. Os data centers são os locais onde ficam servidores, equipamentos de processamento e armazenamento de dados e sistemas de ativos de rede, como switches, roteadores e outros.

Quem não estava preparado com este tipo de estrutura, precisou se adaptar para não perder espaço para a concorrência ou, em casos mais drásticos, sobreviver no mercado.

Demanda testada com a pandemia

O Brasil é o principal mercado de data centers na América Latina, disputado por grandes empresas. Algumas, inclusive, dobraram o portfólio recentemente e estão construindo novos centros.

Um estudo do Information Services Group (ISG) em parceria com a TGT Consult avaliou o setor nacional de infraestrutura de nuvem híbrida e privada, contando com 59 provedores participantes.

Nenhum dos avaliados parou de trabalhar e o comércio eletrônico e o aumento no home office demandaram maiores processamento e largura de banda para dar conta das transações no período. Outros chegaram a implantar milhares de VPNs (rede privada virtual) para permitir o trabalho remoto dos clientes.

O relatório destacou que é preciso a modernização das tecnologias de data center e de nuvem, incluindo a necessidade de terceirizar a infraestrutura. Muitos clientes optaram por colocar na nuvem todos os arquivos dos data centers internos.

Outro ponto identificado pelo estudo foi a demanda por aumento do uso de inteligência artificial para automação das solicitações de serviço e resolução de incidentes.

Como funciona um data center

Os Centros de Processamento de Dados (CPD) são coração de empresas públicas, privadas e de setores vitais para a sociedade.

Abrigam servidores e bancos de dados e processam informação em grandes quantidades e, por segurança, são áreas de acesso restrito. Uma falha nestas estruturas é prejuízo certo e, dependendo da finalidade do data center, pode ser incalculável.

Os equipamentos geralmente são montados em racks ou armários metálicos. O local precisa ter proteção contra incêndios e sistemas de resfriamento para manter uma temperatura estável.

Para ficarem protegidos e com funcionamento sem pausas, os CPDs dependem de um complemento para a operação da fonte de alimentação ininterrupta (UPS, sigla em Inglês) em casos de blecaute. O UPS fornece energia emergencial por até 15 minutos, tempo para que um grupo gerador de energia entre em ação.

Ao criar um projeto, engenheiros responsáveis pelos data centers e técnicos das empresas de geradores devem avaliar qual modelo será o mais adequado a este tipo de operação e em cada setor. São considerados tipos de combustível, localização, cuidados para a instalação, entre outros.

Também é fundamental fazer o comissionamento dos sistemas – ou seja, usar bancos de carga para operarem em capacidade máxima e testar se tudo no CPD está funcionando sem falhas.

Nos casos de locação do equipamentos, os fornecedores costumam incluir serviços de manutenção preventiva, assistência técnica, monitoramento e testes constantes com bancos de carga, para garantir que os sistemas estejam sempre confiáveis.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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