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11 de Dezembro de 2021

Tendências no formato do trabalho para 2022

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Em mais de um ano e meio de pandemia, o mercado de trabalho passou por diversas reinvenções e adaptações. A principal delas foi a implementação dos modelos home office e trabalho híbrido (parte remoto e parte presencial). Agora, com mais de 50% da população brasileira com a vacinação completa e a flexibilização das medidas de segurança, o debate sobre retomar ou não o trabalho 100% presencial vem à tona. Quais as vantagens e desvantagens de cada formato? E de quais outras maneiras o mercado de trabalho pode se adaptar para a volta aos escritórios? 

Antes da pandemia, o trabalho remoto era pouco utilizado no país, mas precisou ser implantado rapidamente pela necessidade do distanciamento social. Esse modelo tem diversas vantagens, como a flexibilidade dos horários, o melhor aproveitamento do tempo e maior autonomia por parte dos colaboradores da empresa. Por outro lado, traz dificuldades na comunicação e na interação da equipe, maior nível de distrações, dificulta a identificação de oportunidades dentro da própria empresa, além do cansaço mental causado pelo excesso de tempo em frente às telas e a falta de troca de ambientes entre as tarefas do trabalho e domésticas. 

Já o trabalho presencial oferece a possibilidade do networking, uma comunicação facilitada, além da clara divisão dos espaços de trabalho e lazer, mas também aumenta o desgaste físico e os gastos de tempo no deslocamentos casa-trabalho, já que este modelo não é tão flexível quanto os demais. 

Para Peter Cappelli, autor do livro The Future of the Office (“O Futuro do Escritório”, em tradução livre) e professor de administração de Wharton, escola de negócios da Universidade da Pensilvânia, as situações vividas durante a pandemia não servirão como parâmetro para as formas de se trabalhar no futuro, uma vez que não serão todos que estarão juntos, seja no trabalho remoto, seja no trabalho presencial. Segundo ele, quem optar pelo trabalho remoto sairá em desvantagem, principalmente se está em início de carreira ou começando em um lugar novo, uma vez que torna mais difícil não só o aprendizado, como também a troca em equipe. 

Por enquanto, o trabalho híbrido está sendo o favorito para o pós-pandemia, e poderá se tornar uma das principais tendências do mundo corporativo em um futuro próximo. Segundo pesquisa da Great Place to Work (GPTW) feita em 2020 sobre as preferências de trabalho para 2021, que contou com 1000 participantes, 64% disseram que preferiam manter o modelo híbrido de trabalho. Em nova pesquisa feita em 2021, com 2000 profissionais, 46,8% disseram trabalhar neste formato. 

O hibridismo também impulsiona a expansão dos negócios e contratações, já que não é preciso, necessariamente, uma proximidade geográfica para certos cargos e funções. Segundo o Censo 2021 da Associação Nacional de Coworkings e Escritórios Virtuais (Ancev), feito com 206 empresas do setor localizadas nas 100 maiores cidades do país, quase 60% dos respondentes se consideram estabelecidos ou em plena expansão. Dos escritórios que acompanham de perto seus clientes, quase 30% afirmam que pelo menos metade dos seus clientes (antigos ou novos) adotaram o formato híbrido e, destes, mais de 70% vieram migrados de contratos tradicionais – seja imóvel alugado ou próprio. 

O modelo híbrido de trabalho representa a tentativa de unir as principais características dos outros dois formatos, garantindo uma boa comunicação, a flexibilidade dos horários, maior autonomia, e a separação parcial dos espaços de trabalho e lazer.  

Apesar dos pontos positivos, o formato ainda não contempla aqueles profissionais que não possuem espaços e infraestrutura para trabalhar longe da empresa. Pensando nisso, muitas empresas e profissionais liberais estão migrando total ou parcialmente para espaços de trabalho compartilhado, os coworkings, ambientes menos formais do que os escritórios convencionais, mas que ainda oferecem infraestrutura e recursos adequados para um dia de trabalho focado e produtivo, com localização estratégica e fácil acesso aos colaboradores, como é o caso do Club Coworking, em São Paulo. 

Com localização privilegiada como, por exemplo, na Avenida Paulista, o Club Coworking oferece diárias rotativas e planos diferenciados, uma alternativa para quem quer utilizar o espaço apenas alguns dias na semana, sem abrir mão da ampla estrutura que conta com salas individuais, salas para reuniões, café à vontade, wifi de alta velocidade e cadeiras e mesas ergonômicas, além de uma vista privilegiada da cidade. “Estamos preparados para receber esses profissionais que queiram estabelecer networking não apenas com pessoas da mesma empresa, mas também de outros lugares, já que, como nosso próprio nome diz, somos um clube, um lugar em que todos podem compartilhar ideias e estabelecer parcerias, sem esquecer do bem-estar de quem usufrui de nossos serviços”, comenta a diretora de Operações e Novos Negócios do Club, Patrícia Coelho. 

Em um estudo realizado pela consultora imobiliária Savills, em 2020, 87% dos entrevistados considera que a manutenção do espaço físico é importante para o bom funcionamento da empresa, assim como a preocupação com o bem-estar e a saúde dos colaboradores, apontada por 48% como uma prática relevante. Neste sentido, a utilização de espaços como coworkings também pode ser vantajoso para as empresas e profissionais liberais.  

Mesmo que o trabalho híbrido não tenha sido uma novidade durante a pandemia, foi a partir dela que o formato se tornou mais usual, mesmo em meio às incertezas. Atualmente, é possível notar que o home office foi bem sucedido em diversos aspectos, e naqueles que não foram, o modelo presencial pode agregar. Dessa maneira, o formato híbrido de trabalho é uma tendência confirmada para 2022 e que chegou para ficar.  

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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