04 de Abril de 2018
Sete em cada dez pessoas no mundo temem o uso de Fake News como arma de contrainformação
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Por Juliska Azevedo
O indicativo de que as Fake News estão hoje no centro das atenções e, principalmente, preocupações no mundo conectado foi revelado pelo relatório Endelman Trust Barometer 2018, que pesquisa anualmente o grau de confiança da população de 28 países – entre eles o Brasil – nas quatro principais instituições: mídias, Organizações Não-Governamentais, governos e iniciativa privada.
Na pesquisa mais recente, a polêmica das Fake News entrou em pauta, e o resultado foi de que 7 em cada 10 habitantes dos principais países do mundo temem que as informações falsas sejam usadas como arma para ludibriar a população ou transformá-la em massa de manobra, influenciando decisões e eleições.
No Brasil, preocupação chega a 75%
Os números do Brasil, se analisados em separado, são maiores do que a média mundial. Por aqui, o índice de preocupação com o uso das Fake News como armas na guerra da informação chega próximo dos 75%. Em outros sete países o índice de preocupação com a Fake News ficou entre 71% e 75%: Índia, Colômbia, Malásia, Coréia do Sul, Estados Unidos, China e Rússia.
Temor maior das Fake News foi registrado em 4 outros países, onde entre 76% e 80% da população teme o uso das notícias falsas como armas: México, Argentina, Espanha e Indonésia. Mesmo nos países onde o temor é menor, entre os pesquisados, mais da metade das pessoas conectadas, na casa entre 55% e 60%, teme o uso calculado das Fake News: França, Alemanha e Suécia.
Durante o período do estudo, fatos relacionados à disseminação de notícias falsas tiveram destaque entre os países pesquisados. Na Itália, o Papa Francisco criticou a viralização de Fake News; o gerente de campanha do líder do partido conservador no Canadá foi flagrado plantando notícias falsas contra adversários; a Alemanha aprovou lei que pune empresas de mídias sociais por falhas em apagar notícias falsas; Fake News causaram tumulto em eleições na África do Sul e Singapura anunciou planos de criar leis para combater as notícias falsas.