08 de Junho de 2021
SENAI inaugura no RN único Instituto de Inovação da rede no Brasil voltado ao setor de energias renováveis
[0] Comentários | Deixe seu comentário.O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), maior complexo de educação profissional da América Latina e detentor da maior rede de institutos privados do Brasil para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da indústria, inaugura oficialmente terça-feira (15), no Rio Grande do Norte, o único polo tecnológico e de pesquisas de ponta da rede no país voltado à energia eólica e solar: o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis, o ISI-ER.
A cerimônia marca a conclusão das instalações e a operação plena dos laboratórios do Instituto, cujas atividades tiveram início e vêm acelerando em Natal, capital do estado, desde 2019.
O Rio Grande do Norte - escolhido como sede da unidade - é o maior produtor de energia eólica do Brasil e também o estado com a maior potência prevista para os próximos anos.
A expectativa com o ISI é atender a demandas que ajudam a impulsionar a competitividade da indústria não só local e nacional, uma vez que projetos e parcerias já estão em negociação com Instituições de países como Alemanha, Japão e Dinamarca.
"O ISI-ER chega para o SENAI como grande porta da inovação, da pesquisa, do futuro das energias renováveis, e traz às empresas oportunidades de novos negócios no setor", diz o presidente do Conselho Regional do SENAI-RN e do Sistema FIERN - que engloba SENAI, SESI,IEL e Federação das Indústrias do estado - Amaro Sales de Araújo.
A inauguração oficial da unidade será realizada a partir das 17h com a cerimônia transmitida no canal do SENAI RN no YouTube. Os ministros da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, são convidados do evento, além de representantes da Confederação da Indústria (CNI) e do Sistema FIERN.
Inovação
O ISI-ER foi concebido dentro da rede de Institutos SENAI de Inovação, que começou a ser implantada no Brasil há aproximadamente 9 anos e possui atualmente 26 unidades, distribuídas em 12 estados, de Norte a Sul do país.
Além do Instituto potiguar, voltado às energias renováveis, a rede engloba áreas como tecnologias minerais, microeletrônica, biomassa, eletroquímica, metalmecânica, automação da produção, logística e tecnologias da informação e comunicação (veja a relação completa no mapa: http://institutos.SENAI.br/).
ISI-ER
No Rio Grande do Norte, o ISI está instalado em uma área de 20.000 metros quadrados - equivalente a dois campos de futebol - em uma estrutura que conta com laboratórios onde pesquisas aplicadas e tecnologias são desenvolvidas sob demanda de indústrias em busca de aumento da produtividade e redução de custos.
“A infraestrutura, equipamentos e pessoal capacitado que colocamos à disposição da indústria das energias renováveis, atendem às mais diversas e exigentes normas e atividades necessárias na área, além de outras demandas que devem se somar brevemente, face a projetos e parcerias que estão sendo encampadas com Instituições Nacionais e com outros países”, observa Emerson Batista, diretor regional do SENAI-RN.
Entre os diferenciais da unidade, um dos destaques é o primeiro laboratório Túnel de Vento do Brasil, projetado para simulações do comportamento do ar em relação a diferentes objetos e equipamentos - o que permite, por exemplo, a avaliação da resistência e do nível de eficiência de materiais submetidos a diferentes intensidades de ventos.
Pesquisas
Pesquisas e tecnologias são desenvolvidas no Instituto por uma equipe multidisciplinar composta por doutores, mestres, engenheiros e técnicos em diferentes áreas.
Os trabalhos focam especialmente em Meteorologia, Sustentabilidade, e nas duas fontes de energias renováveis mais utilizadas no Brasil, a eólica e a solar - um setor descrito pelo diretor do ISI-ER e do Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis (CTGAS-ER), Rodrigo Mello, como de rápido desenvolvimento e de uso intensivo de tecnologias.
“Nosso trabalho”, diz ele, “tem a perspectiva de oferecer as respostas que a indústria requer, com tecnologias nacionais capazes de fazer a diferença no parque de produção”.
Mercado
A carteira de projetos do Instituto, explica o diretor, engloba serviços prestados a diferentes elos da cadeia produtiva e já vem atendendo à demanda desde empresas locais até multinacionais.
Em dois anos de operações iniciais, o ISI-ER acumula contratos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) que superam os R$ 20 milhões e os planos, segundo Mello, são de expansão dos projetos na esteira do crescimento do setor e do avanço das energias renováveis na matriz energética nacional.
Um estudo da consultoria GO Associados, divulgado pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), aponta que entre 2011 e 2019, apenas o setor eólico investiu R$ 66,9 bilhões no país, considerando as áreas de máquinas e equipamentos, inclusive manutenção e reparos e aquisição de produtos e a contratação de serviços no mercado doméstico.