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30 de Junho de 2021

Sebrae promove palestra sobre o ‘Empreendedorismo com Orgulho’

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O mercado consumidor LGBTQ+ está fortemente relacionado a um público, que tem, cada vez mais, peso no consumo mundial. Para conscientizar empresários e potenciais empreendedores potiguares sobre as oportunidades desse mercado, o Sebrae no Rio Grande do Norte promove nesta quarta-feira (30) palestra virtual, envolvendo o tema. A transmissão ocorre no canal do YouTube do Sebrae-RN, a partir das 19h.

Denominado ‘Empreendendo com Orgulho, o evento vai reunir experiências de três empreendedores potiguares que apostaram nesse viés e estão fazendo diferença e bons negócios. É o caso do educador físico e idealizador do Crossfit Capim Macio, Gabriel Garcia, da advogada e empresária da área de comunicação, Liana Fonseca, e de Marcus Figuerêdo, que fundou a marca Moda DePedro focada principalmente no público LGBTQ+. A grife surgiu no Seridó e hoje atende a demandas de clientes em todo o Brasil com roupas diferenciadas e exclusivas.

A conversa será mediada pela pedagoga Vânia Rego, que possui mestrado em Educação pela Universidade de Brasília (2002), na área de confluência “Gestão e Políticas Educacionais”. Ela contribuiu para a implantação da primeira Secretaria de Estado de Promoção da Igualdade Racial, no Distrito Federal, onde ocupou a função de Subsecretária de Planejamento e Relações Institucionais, ajudando a desenvolver o primeiro Disque Racismo no DF.

Mãe de dois filhos, um hétero e um gay, Vânia Rego assumiu a defesa da comunidade LGBTQIA +, chegando a participar da reunião da Comissão dos Direitos Humanos no Conselho Nacional de Educação, que resultou na Resolução que torna possível a inserção do nome social de transgêneros em listas de chamadas nas escolas do país.

Marcos legais

“É muito importante a gente entender que a questão do respeito às diversas orientações sexuais não é uma questão de um grupo ideológico. Ela tem marco legal, que começa com a constituição”, explicita. O artigo terceiro da Constituição Federal determina que todo o cidadão precisa ser respeitado. Segundo a professora, a diversidade tem marcos legais nas políticas públicas de governos anteriores que não foram revogados e, em planos nacionais, que garantem a essas pessoas o respeito quanto à sua orientação.

“Há também um marco legal educacional na questão do respeito à diversidade, na Lei de Diretrizes e Bases de Educação Nacional. Não se trata de uma luta partidária, entre uma ideologia de esquerda ou de direita”, explica e continua: “é uma questão de aprender a conviver. A diversidade não é a exceção, ela é a regra. O mundo é diverso, a existência do diverso não é para a gente querer padronizar”.

E o que toda essa temática tem a ver com o empreendedorismo? Muito. Falar de empreendedorismo em tempos de diversidade em pauta traz à tona a discussão de inclusão, que é necessária para se tornar uma empresa que busca entender, ainda mais, os anseios, percepções e comportamentos de um público que cresce potencialmente.

Pesquisas recentes apontam que o público homossexual gasta 30% a mais do que os heterossexuais. Só no Brasil eles movimentam cerca de US$ 75 bilhões por ano. Segundo a LGBT Capital, o público gosta de viajar, adora uma festa, não abre mão de comer bem e de se vestir melhor ainda, e tem dinheiro para isso.

Diversidade x atendimento

Para o gerente do Escritório Metropolitano do Sebrae-RN, Thales Medeiros, não é suficiente mostrar a inclusão, é preciso ser uma empresa inclusiva. Nesse sentido, a instituição promove nesta terça-feira (29) uma conferência com todos os colaboradores com o tema ‘Diálogos Afirmativos: Humanização do atendimento diante da Diversidade’, indicando possibilidades de caminho para a qualificação do atendimento, reafirmando os valores institucionais, junto a esse público.

A estratégia corrobora a iniciativa de realizar a live ‘Empreendendo com Orgulho’, programada para amanhã. “Esse evento surge como proposta de mergulharmos com mais atenção no empreendedorismo realizado por pessoas LGBTI+, seus desafios, suas inspirações e como podemos contribuir para um ecossistema mais inclusivo, inovador, diverso e justo”, diz o gerente.

“A palavra empreendedorismo comporta um leque grande de compreensões do comportamento humano e do fazer negócios. Nesse sentido, o Sebrae sempre teve uma diversidade enorme de público atendido. Não temos como falar ou orientar sobre empreendedorismo sem estar atento à história pessoal de cada cliente”, argumenta Thales Medeiros.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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