30 de Setembro de 2022
RN gera 2,4 mil novos empregos formais em agosto a partir dos pequenos negócios
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O Rio Grande do Norte encerrou o mês de agosto com a abertura de 6.338 novos postos de trabalho com carteira assinada. Pela primeira vez no ano, a maioria das vagas – 60,8% – foi gerada pelas empresas de médio e grande portes, com 3.856 empregos criados. Os pequenos negócios, no entanto, mantiveram os níveis de geração de emprego verificados ao longo do ano. Em agosto as micro e pequenas empresas foram responsáveis pela abertura de 2.438 novos empregos celetistas no estado e, neste ano, já acumulam um volume de 13.491 vagas abertas, o que corresponde a mais de 90% do saldo total acumulado no ano.
As informações constam na edição de setembro do Mapa do Emprego do RN, uma publicação mensal elaborada pelo Sebrae no Rio Grande do Norte com dados sobre o mercado de trabalho em todas as regiões do estado e sobre onde ocorreram o maior número de contratações e de desligamentos. O informativo se baseia nos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de agosto, que foram divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
De acordo com a publicação do Sebrae, ocorreram no estado 21.415 admissões contra 15.077 desligamentos em agosto, gerando um saldo positivo de 6.338 vagas e um estoque de 454.633 trabalhadores contratados formalmente. Esse saldo é 145% maior que o registrado no mês anterior, mas, 12% menor no comparativo com agosto do ano passado, quando o RN teve um saldo de 7.211 postos de trabalho formal.
Abertura de vagas no interior
A maior parte dessas novas frentes de trabalho ocorreu no setor agropecuário, que abriu 2.580 novas vagas, principalmente no cultivo do melão, o que demonstra a força do interior na geração de empregos, não somente a capital. A segunda atividade mais geradora de empregos no mês foi a indústria com a abertura de 1.635 novos empregos. O setor de serviços criou 969 novas vagas, com destaque para o ramo de seleção e agenciamento de mão de obra. Já a construção civil e o comércio abriram 577 novas vagas cada.
Em relação às cidades onde foram criadas as novas oportunidades de trabalho no estado, o Mapa do Emprego revela que Baía Formosa registrou a o maior quantitativo de novas vagas criadas, 1.083 empregos no total. Natal foi a segunda maior recordista de criação de empregos em agosto com um saldo de 967 novas vagas, seguida de Mossoró, onde foram abertos 909 novos empregos. Apodi e Arês completam a lista dos cinco municípios geradores de vagas, com, respectivamente, 591 e 560 novos empregos criados. Todavia, as maiores baixas no que se refere ao encerramento de frentes de trabalho ocorreram em Lagoa Nova (-75), Pendências (-43), Pedro Avelino (- 42), Olho D’Água do Borges (-35) e Riachuelo (-28).
Segundo maior saldo relativo do Brasil
Com o saldo de 14.976 postos de trabalho acumulado nos oito primeiros meses de 2022, o Rio Grande do Norte teve uma variação relativa de 3,41%, abaixo da média do Nordeste, que foi de 4,10. Mas, na comparação relativa com o restante do país, o saldo potiguar é o segundo mais alto do país, ficando atrás somente de Roraima. Em relação ao saldo acumulado em 12 meses, o RN acumula 26.391 novos empregos criados, com média relativa de 6.16%. No Nordeste, a média foi de 7,11, enquanto o percentual no país foi de 6,13% de crescimento.
Este resultado positivo do estado no acúmulo de vagas geradas está diretamente ligado ao desempenho dos pequenos negócios, já que, entre janeiro e agosto deste ano, as corporações de grande e médio portes juntas respondem pela criação de apenas 1.433 vagas do total acumulado.
Enquanto isso, as micro e pequenas empresas se encarregaram de abrir quase 13,5 mil novas frentes de trabalho nesse período, totalizando esse volume de 14,9 mil novas contratações de empregados via regime CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) no Rio Grande do Norte em 2022. Nesse mesmo intervalo do ano passado, o quantitativo acumulado foi de 20.823 vagas.
Entre o segmento dos pequenos negócios, o melhor desempenho na geração de emprego nos últimos oito meses do ano permanece nas microempresas, que foram responsáveis por efetivar 12.952 novos empregados (38% a menor que em 2021), enquanto as empresas de pequeno porte outros 539 trabalhadores. Nesse mesmo intervalo, as grandes empresas somaram 959 novas contratações e as médias outras 474 vagas.
Foto: Agência Sebrae
