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29 de Junho de 2018

Recurso do Facebook vai evitar que candidato faça propaganda política contraditória de acordo com público

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Outro recurso que será disponibilizado pelo Facebook nas páginas será o chamado “arquivo”, onde ficarão os anúncios veiculados por aquele determinado perfil. Este tipo de recurso foi cobrado por autoridades e especialistas pela preocupação de que a segmentação e personalização de anúncios poderia ser explorada por um candidato, enviando mensagens direcionadas a cada público que poderiam ser, inclusive, contraditórias entre si. Com a possibilidade de acessar arquivo de anúncios no Facebook, o eleitor pode ver tudo o que o candidato vai impulsionar na plataforma.

O Facebook anunciou também que serão disponibilizadas mais informações sobre as páginas, independentemente de veicularem ou não anúncios. O Facebook não detalhou que tipo de informações serão acrescidas, mas citou como exemplos os nomes antigos (é possível trocar os nomes das páginas na plataforma) e as datas de criação (recurso que pode ajudar a identificar perfis criados especificamente para eleições ou para determinadas ações, como impulsionar anúncios).

Além destas medidas, em abril a companhia já havia divulgado outras regras para as páginas. Entre elas, a fiscalização dos responsáveis por estes perfis, para garantir a identificação no caso de muitos seguidores. No primeiro trimestre, a empresa derrubou seis milhões de contas falsas por dia a partir deste tipo de monitoramento. O Facebook argumentou que as medidas visam coibir o mau uso da plataforma.

“Ao lançar uma luz sobre todos os anúncios, bem como sobre as páginas que estão rodando esses anúncios, conseguiremos evitar abusos, ajudando a garantir que pessoas mal intencionadas tenham responsabilidade sobre os anúncios que fizerem”, afirmou o comunicado, assinado pelo diretor de gerenciamento de produto, Rob Leathern, e a diretora de marketing de produto, Emma Rodgers.

Na avaliação da advogada especialista em direito digital e integrante do Comitê Gestor da Internet no Brasil Flávia Lefévre, a possibilidade de acessar os anúncios independentemente do que aparece no feed de notícias ajuda a furar as "bolhas" causadas pela seleção de conteúdos operada pelos algoritmos do Facebook.

Por outro lado, a advogada se preocupa com a fiscalização dos responsáveis pelas páginas. “A possibilidade de você ter um pseudônimo, uma conta alternativa, fortalece sua liberdade de expressão. A gente tem tido casos de jornalistas e comunicadores ameaçados e sendo mortos porque defendem determinadas ideias, então isso pode calar a boca de muita gente”, alertou.

Com informações da Agência Brasil. 

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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