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14 de Junho de 2021

Projeto vai ampliar em 30% o índice de transformação digital da indústria

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O Projeto Transforma RN pretende atingir a meta de aumentar em pelo menos 15% a produtividade das unidades industriais participantes e uma melhoria de, no mínimo, 30% no índice de transformação de digital das mais de 500 indústrias potiguares do setor de alimentos e bebidas, que deverão ser atendidas. As metas são desafiadoras para um país onde a competitividade ainda é muito baixa, sobretudo entre os pequenos negócios. Atualmente, no estado, apenas quatro em cada dez pequenos negócios utilizam algum tipo de tecnologia digital. No entanto, o esforço das instituições fomentadoras do ecossistema de inovação busca reverter esse quadro, ao menos nesse segmento até a finalização do projeto.

As expectativas quanto aos impactos do Transforma RN são otimistas e, por isso, Igor Calvet está conhecendo de perto a estrutura da rede de parceiros envolvidos no projeto - Instituto Metrópole Digital (IMD) Fiern, Agência de Fomento do Estado (AGN), Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec) e o Sebrae no Rio Grande do Norte – assim como verificar a realidade e nível de maturidade das 50 empresas participantes dessa primeira etapa.

Nesta sexta-feira (11), o presidente da ABDI cumpriu uma agenda de compromissos no Rio Grande do Norte, que incluiu visitas ao Instituto Metrópole Digital (IMD), no campus da UFRN, Fonte da Cristalina Água Mineral, em Macaíba, e à Raffe Cervejaria, essas duas últimas são empresas atendidas pelo projeto. o sócio-proprietário da Raffe Cervejaria, Fernando Nóbrega, reconhece a importância do projeto no apoio às pequenas indústrias de alimentos e bebidas. "Este projeto é um grande impulsionador de desenvolvimento para empresas como a nossa, porque nascemos com uma empresa pequena e uma equipe bem enxuta e precisamos desenvolver muita coisa, tanto no processo de gestão, como nos de produção e comercialização", avalia.

Há quatro anos, Fernando Nóbrega divide a gestão da Raffe com os sócios, Adriano Miranda e Raul Souza, no mercado de cerveja artesanal incipiente, tanto no RN como em todo o Brasil. "Com esse apoio do Transforma RN vamos ter maior produtividade, melhor eficência nos processos  e ganhar mais competitividade", espera o empresário, ressaltando que em pouco tempo de execução já é possível observar inúmeras oportunidades de melhoria e um conhecimento que vai garantir maturidade a pequena fábrica de cerveja artesanal. 

“O  grande problema hoje no nosso país, e não é exclusividade do Rio Grande do Norte, é a baixa produtividade das nossas empresas”, admite o presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Calvet. Contudo, ao visitar algumas empresas em Natal, o executivo afirma ter conhecido um "ecossistema vibrante", tanto nas pequenas indústrias de bebidas, como nas instituições como o Sebrae, Fiern e Agência de Fomento do Estado, dando o suporte necessário ao desenvolvimento das empresas. "Vejo que o ecossistema de alimentos e bebidas daqui, tem crescido e tem estado atento às mudanças que estão acontecendo no mundo, especialmente na área de transformação digital. E esse projeto vem fortalecer uma rede de apoio aqui no estado", avalia.

A ação visa contribuir para incorporação da transformação digital nos modelos de negócio das empresas atendidas através de acesso facilitado a conteúdos, capacitações, interações, funcionalidades disponíveis e soluções para que essas pequenas indústrias possam responder às mudanças e evoluções do ambiente de inovação. As consultorias e mentorias solucionam os problemas identificados em cada um dos microssegmentos englobados, visando resultados em quatro eixos: experiência do cliente, promoção da inovação, aumento da eficiência e vantagens competitivas.

Metodologia

A proposta é construir uma plataforma digital, chamada Hub de Soluções, que deverá na segunda etapa do projeto promover a interação entre empresas e provedores de soluções de forma automática, interativa e ordenada. A ideia é disponibilizar um programa de transformação digital capaz de prospectar ativamente e identificar as reais necessidades das organizações, planejar como as lacunas devem ser supridas, buscar soluções, garantir a implementação e gerar interações de valor entre todos os participantes no contexto de inovação aberta.

O projeto é norteado por seis passos para efetivar uma transformação digital de forma simples e objetiva, como sensibilização, diagnóstico de transformação digital, mentoria para construção de um plano de ação para remodelagem do negócio, sinergia entre empresários e provedores, implementação das ações de transformação digital e diagnóstico final. Neste último, será verificada a evolução da maturidade digital.

A previsão é desenvolver um sistema que servirá como base do programa na etapa de escalonamento para o uso de inteligência artificial. Serão desenvolvidas estratégias de marketing digital, eventos presenciais e também terá a participação do usuário final no processo de desenvolvimento da plataforma. O principal indicador deverá ser a experiência positiva da empresa atendida com o projeto, além da aferição dos resultados.

Foto: Moraes Neto

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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