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07 de Março de 2023

Professores da Felcs lança livro sobre Lagoa Salgada como produto do Trilhas Potiguares 2022

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Como resultado das atividades desenvolvidas no município de Lagoa Salgada durante a execução do Programa Trilhas Potiguares em 2022, professores da Faculdade de Engenharia, Letras e Ciências Sociais do Seridó (Felcs/UFRN) lançaram um inventário cultural parcial sobre a cidade. Com o título Inventariando o patrimônio cultural de Lagoa Salgada/RN: um olhar a partir do programa Trilhas Potiguares (2022), a obra conta com mais de 60 páginas e pode ser acessada gratuitamente pelo Repositório Institucional da UFRN. 

Organizado pelo docente Eduardo Cristiano Hass, com o apoio da professora Letícia dos Santos Carvalho, o livro aborda aspectos culturais de Lagoa Salgada, fruto da atuação dos professores como coordenadores de equipe no município durante as atividades do Trilhas Potiguares. De acordo com Eduardo Cristiano Hass, as informações para a elaboração do inventário foram produzidas em diferentes espaços e momentos por meio de entrevistas com moradores da cidade, além de visitação aos diferentes sítios patrimoniais.

Um inventário de Patrimônio Cultural é um produto de preservação que busca identificar as diversas manifestações culturais e bens de interesse de preservação, de natureza imaterial e material. Os organizadores da obra contam que buscaram fomentar a discussão acerca do patrimônio cultural, além de procurar estimular a comunidade de Lagoa Salgada como protagonista deste processo, definindo o que lhe afeta como patrimônio.


O professor Eduardo Cristiano Hass explica que esse e-book é um inventário cultural parcial e que a ideia é que o município de Lagoa Salgada dê continuidade a essa pesquisa. Segundo ele, durante as oficinas de preparação para o Trilhas Potiguares 2022, ficou perceptível que naquele momento as principais demandas da cidade emergiram nas questões educativas e culturais. 

“Construímos esse material fundamentado em uma metodologia estabelecida pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Essa metodologia foi adaptada ao município considerando suas particularidades e seus diferentes elementos. A gente observa que alguns desses elementos e personalidades se destacam e perpassam as diferentes categorias de patrimônio cultural. É uma pesquisa de uma semana in loco, mas que já vinha sendo realizada antes de irmos à cidade e também demos continuidade após a visitação”, aponta o professor.

O Trilhas Potiguares, vinculado às ações da Pró-Reitoria de Extensão da UFRN (Proex), possibilita a interação entre a Universidade e a sociedade. As ações desenvolvidas voltam-se para os pequenos municípios do estado do Rio Grande do Norte, com até 15.000 habitantes. Como forma de realizar as atividades em Lagoa Salgada, foram selecionados dez alunos da UFRN, dos cursos de ecologia, odontologia, artes visuais, jornalismo, pedagogia, psicologia e serviço social.

As visitas foram realizadas pelos trilheiros e coordenadores das atividades em diferentes lugares do município, como escolas, igrejas, praças, casas de moradores, lagoas e bibliotecas públicas. Após a realização das ações in loco, a equipe seguiu em contato com os moradores da cidade, garantindo continuidade ao processo de levantamento dos bens culturais do município. 

Dentre os diversos locais visitados pelos alunos e docentes está a feira livre de Lagoa Salgada, na qual os feirantes vendem seus produtos em barracas de madeira. De acordo com as palavras do e-book, as características da feira permitem apontar que, para além de sua importância econômica, ela possui também uma importância cultural, servindo como espaço de sociabilidade, de trocas de produtos e saberes e de produção identitária do município.

Eduardo Cristiano Hass comenta ainda do desejo de que o livro seja apropriado pelo município. Para ele, agora, nas mãos dos profissionais da cultura e da população em geral de Lagoa Salgada, a ideia é que possam ler e observar quais os bens culturais que ficaram de fora e que possam compor a obra. “É necessário pensar também formas de utilizar esse material na educação básica de ensino, além da possibilidade de apropriar alguns desses bens culturais pelo turismo como forma de economia alternativa e de divulgação da cidade, a fim de aprimorar esse inventário e ao mesmo tempo salvaguardar esses elementos culturais”, pontua o docente.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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