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17 de Novembro de 2021

Primeira negra latino-americana a chegar ao topo do Everest relata sua experiência

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Cerca de 6 mil montanhistas chegaram ao pico do Everest, o ponto mais alto do planeta, 8.848 metros acima do nível do mar. Aretha Duarte fez história ao se tornar a primeira negra da América Latina a alcançar o feito. O relato inspirador foi destaque no espaço Agência Sebrae Festa do Boi, no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim. Quem contou tudo sobre a jornada foi a própria Aretha Duarte, montanhista e empreendedora social ambiental, que apresentou a palestra “Da Sucata ao Everest” ao público ávido por conhecer a sua história de superação, já apresentada na imprensa nacional e internacional.

O desafio de subir ao topo do ponto mais alto do mundo começou muito antes do início da escalada, que durou 54 dias. Pelo alto investimento necessário, a empreitada é para muitos um sonho distante. Mas para a montanhista filha de pernambucanos e nascida em Campinas, interior de São Paulo, foi um fator motivador e uma forma de causar impacto no meio ambiente e incentivar mais pessoas a fazer o mesmo, mostrando que é possível realizar sonhos mesmo em meio a tantas adversidades. “Eu digo que vivi dois Everests em minha jornada. O primeiro foi antes mesmo de chegar à montanha, por se tratar de uma atividade extremamente cara e uma realidade distante da minha. O segundo foi a subida em si, repleta de desafios físicos, técnicos e emocionais”, recorda.

Para subir ao topo do Everest, a empreendedora social precisou reunir aproximadamente R$ 400 mil. Diante do desafio, a solução foi recorrer a uma atividade já conhecida ainda durante a sua infância: coleta de materiais recicláveis. Após 13 meses de trabalho intenso, de latinha em latinha e com a ajuda de amigos e familiares, Aretha juntou o recurso necessário e escreveu uma história de superação ao se tornar a primeira negra latino-americana a alcançar o pico da montanha mais alta do mundo. “O que está por trás dessa história é perceber que todo sonho pode ser realizado quando a gente empreende, quando temos uma rede de apoio nos dando suporte e acreditamos em nosso potencial. Ou seja, quando ativamos o que eu chamo de PIB, poder interno bruto”, ressalta.

A montanhista destaca que a grande realização não é uma exclusividade dela. “Eu não sou mais especial que ninguém aqui. Tenho certeza que todas as pessoas têm condições de alcançar o sucesso em seus negócios, desde que tenham um propósito e contem com uma rede de apoio”. E é justamente nesse aspecto que, para Aretha, instituições como o Sebrae são tão importantes. “O Sebrae tem um papel fundamental em gerar recursos, capacitar e auxiliar no desenvolvimento de pequenos negócios”, reconhece ela, que acredita no empreendedorismo como algo transformador da sociedade.

Fotos: Moraes Neto

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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