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20 de Junho de 2020

Pessoas que se informam mais por redes sociais têm maior probabilidade de não seguir regras de afastamento, diz pesquisa

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As pessoas que confiam nas mídias sociais para obter informações sobre o coronavírus que causa a COVID-19 são mais propensas a acreditar nas teorias de conspiração e violar as regras de afastamento ou isolamento físico durante a pandemia, de acordo com um estudo da Ipsos Mori para o King's College London.

O estudo mostra, por exemplo, que entre os que acreditam que não há evidências concretas de que o vírus exista, 56% usam o Facebook como sua principal fonte de informação, percentual quase três vezes maior que a proporção de pessoas que não acreditam nessa teoria conspiratória (20%).

Em outra situação, 60% das pessoas para as quais os sintomas que a maioria das pessoas atribui à COVID-19 parecem estar conectados à radiação da rede 5G – outra teoria conspiratória – disseram que obtêm suas informações do YouTube.

Três em cada 10 pessoas, segundo a pesquisa, que acreditam erroneamente que a rede 5G está causando sintomas da doença causada pelo coronavírus não seguiram regras de afastamento físico, apesar de suspeitarem que possam ter o vírus.

 “Esse tipo de associação não pode provar que a desinformação nas plataformas de mídia social causa crença em conspirações, menor confiança e maior probabilidade de violar as regras, mas apontam para uma mistura tóxica entre crenças subjacentes e informações enganosas que podem ter efeitos reais sobre como as pessoas comportar-se, mesmo durante uma pandemia”, disse o professor Bobby Duffy, diretor do Instituto de Políticas do King's College London.

"Nossas descobertas sugerem que o uso da mídia social está vinculado tanto a falsas crenças sobre o Covid-19 quanto ao não cumprimento das regras claras de isolamento", afirmou Daniel Allington, professor sênior de inteligência artificial social e cultural do King's College London . “Isso não é surpreendente, dado que muitas informações nas mídias sociais são enganosas ou totalmente erradas”.

“Estamos comprometidos em fornecer informações oportunas e úteis sobre o Covid-19 durante esse período crítico, usando dados da OMS e os recursos do NHS, para ajudar a combater desinformação”, disse um porta-voz do YouTube, segundo o site Press Gazette. O Facebook, por sua vez, informou ter removido “centenas de milhares de informações erradas relacionadas ao Covid-19 que poderiam levar a danos iminentes, incluindo postagens sobre curas falsas, alegações de que as medidas de distanciamento social não funcionam e que o 5G favorece o coronavírus”.

Fonte: ANJ, disponíevl em: https://www.anj.org.br/site/component/k2/1-noticias/jornal-anj-online/29586-pessoas-que-se-informam-mais-por-redes-sociais-tem-maior-probabilidade-de-nao-seguir-regras-de-afastamento-diz-pesquisa.html

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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