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28 de Junho de 2022

Pesquisadora do ISD é uma das 10 selecionadas no Brasil em chamada pública do Instituto Serrapilheira

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A pesquisadora Maria Carolina Gonzalez, do Instituto Santos Dumont (ISD), em Macaíba (RN), foi uma das 10 selecionadas em todo o Brasil para a 5ª chamada pública de apoio à ciência do Instituto Serrapilheira. Carolina, que estuda os processos envolvidos na formação de memórias, será financiada pelo Instituto Serrapilheira para investigar como experiências prévias influenciam a formação de novas memórias. 

Ela concorreu com outros 260 pesquisadores de todo o Brasil, que enviaram propostas de diferentes áreas do conhecimento para a chamada pública. Ao todo, foramduas fases de seleção, sendo a primeira com a apresentação de um pré-projeto e a segunda, para a qual foram selecionados 43 candidatos, consistindo no envio do projeto completo e entrevista com avaliadores internacionais. 

A pesquisa, com previsão de duração de três anos, deverá dar um passo a mais nos estudos que já vêm sendo desenvolvidos pela cientista envolvendo a expressão e formação de memórias. “Muito do que sabemos sobre como as memórias são armazenadas se baseia em estudos nos quais o pesquisador foca em uma situação particular. Nossa ideia vai ser considerar a história prévia do animal, o que ele aprendeu antes e como isso influencia na formação de novas memórias e como elas são integradas ao conhecimento prévio”, explica Carolina Gonzalez. 


Na prática, esse processo é muito mais similar ao que ocorre na realidade da formação de memórias, que não acontecem no formato de eventos isolados em nosso cérebro. “Nós aprendemos novas informações e elas são relacionadas ou associadas a coisas que já sabemos. As memórias não se formam isoladas, mas sim em um contexto temporal, espacial, emocional… “, afirma a pesquisadora. 

O recurso do Instituto Serrapilheira vai financiar toda a pesquisa, dos insumos necessários para os experimentos, que serão feitos no modelo animal, ao pagamento de bolsas de estudo e publicações científicas. “É uma ajuda muitoimportante que vai permitir que a pesquisa seja, de fato, executada. O financiamento tem foco, também, na promoção da diversidade, apoiando a integração de pesquisadores de grupos sub-representados”, completa Carolina Gonzalez. 

Perfil 

Natural da Argentina, Carolina Gonzalez chegou ao Brasil no ano de 2014 através do programa Ciência Sem Fronteiras, e passou a desenvolver pesquisas no Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e, posteriormente, no Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (IIN-ELS), uma das unidades do ISD em Macaíba, onde atua como professora pesquisadora. Em 2021, ela venceu o Early Career Award, prêmio dedicado a jovens pesquisadores de destaque concedido pela International Brain Research Organization (IBRO). 

“É muito importante que existam editais que considerem o desenvolvimento da ciência a nível federal, e não foque apenas nas grandes capitais. Eu, por exemplo, saí da Argentina e cheguei em Natal através do Ciência Sem Fronteiras, que tinha essa perspectiva, e aqui desenvolvi pesquisas, me estabeleci, e aqui consegui trabalho. Assim é o caso de muitos outros cientistas, que estão desenvolvendo pesquisas importantes em todas as regiõesdo Brasil”, destaca. 

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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