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Pesquisadora da UFRN Selma Jerônimo é eleita membro titular da ABC

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A médica e cientista Selma Bezerra Jerônimo, professora do Centro de Biociências (CB/UFRN) e diretora do Instituto de Medicina Tropical (IMT/UFRN), foi eleita nova membro titular da Academia Brasileira de Ciência (ABC). A pesquisadora é a segunda da UFRN a alcançar uma vaga permanente na Academia, depois do astrofísico José Renan de Medeiros, do Departamento de Física Teórica e Experimental (DFTE/UFRN), eleito em 2018.

Selma, representante da área de Ciências da Saúde, teve sua vaga confirmada nesta segunda-feira, 4, após divulgação do resultado das eleições pela diretoria da ABC. Os membros titulares da Academia são cientistas radicados no Brasil há mais de dez anos, com destacada atuação científica. Agora, a UFRN tem dois membros titulares e cinco membros afiliados (até 40 anos) das áreas de Física, Nutrição e Química. Ao contrário dos titulares, os afiliados são eleitos para um período de cinco anos não renováveis.

De acordo com Selma, sua eleição para a ABC é um orgulho porque significa maturação da Universidade na missão de contribuir para a ciência no Brasil, tendo seus membros eleitos para a principal academia de ciência do País. “Vamos continuar fazendo e divulgando a ciência, além de estimular a próxima geração a pensar, assim como buscar solucionar problemas a partir do conhecimento científico”, disse Selma Jerônimo, que toma posse no dia 8 de maio de 2024, em cerimônia a ser realizada no Museu do Amanhã, na cidade do Rio de Janeiro.

Para o professor José Renan de Medeiros, Selma tem construído uma excelente carreira científica, inclusive com contribuição social direta. “Sua eleição para acadêmica titular da ABC apresenta-se como um ápice dessa história. Certamente, com sua sólida produção científica e visão de mundo, ela em muito contribuirá para a qualidade do debate científico, bem como na definição de políticas científicas da ABC”, disse.

Referência nos estudos em doenças tropicais, Selma recebeu neste ano a Ordem do Mérito Científico da presidência da República pelo trabalho desempenhado na ciência, em virtude da sua relevância para a pesquisa científica no país, como também pelo serviço prestado no enfrentamento à pandemia de covid-19. À frente de um importante trabalho durante o avanço do Sars-Cov-2, a pesquisadora coordenou uma ação que realizou mais de 100 mil testes de covid em diversos municípios do RN.

Mas, o trabalho de Selma pelo RN vem de longas datas, com destaque para sua preocupação com as doenças negligenciadas, entre elas a esquistossomose e a hanseníase. Essa atuação é um dos motivadores para a criação, em 2014, do IMT, unidade acadêmica destinada ao ensino, pesquisa e extensão, com foco em doenças endêmicas infecciosas e infectocontagiosas. Estratégico para a UFRN, o IMT resulta da agregação de pesquisadores da instituição e de parcerias nacionais e internacionais.

Natural de Serra Negra do Norte, no Seridó Ocidental do RN, Selma Maria Bezerra Jerônimo é médica e bióloga formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), mestre e doutora em Biologia Molecular pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), com estágio pós-doutoral em doenças infecciosas pela Universidade da Virgínia. Além de diretora do IMT/UFRN, é professora titular do Departamento de Bioquímica do Centro de Biociências (CB/UFRN), presidente da Academia de Medicina do Rio Grande do Norte e secretária Regional RN da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).