Novidades sobre comunicação, educação, empreendedorismo, tecnologia, inovação e muito mais.

07 de Fevereiro de 2020

Pesquisa do IPCA considera mudança de hábitos dos consumidores

[0] Comentários | Deixe seu comentário.

O IPCA divulgado hoje (7) é o primeiro calculado com base na nova estrutura de ponderação que resultou das alterações de hábitos dos consumidores apontadas na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017/2018 e provocou a retirada de alguns itens e a incorporação de outros. A última alteração, feita na POF de 2008/2009, incluía mais seis subitens que foram retirados na atual.

Entre os 56 novos subitens componentes da cesta e que entraram no cálculo do IPCA está o transporte por aplicativo, a integração transporte público, serviços de streaming e o pacote de telefonia, internet e TV por assinatura. Para entrar na lista são avaliadas as respostas dos consumidores ao responder a pesquisa e se o artigo ou serviço tiver mais de 0,07% das despesas das famílias é incluído na lista de ponderação.

“A metodologia [da POF] em si não mudou, a área de abrangência da pesquisa não mudou. É só uma nova estrutura de ponderação. Uma nova cesta de bens e serviços com novos componentes”, informou o gerente do IPCA do IBGE, Pedro Kislanov, em entrevista à Agência Brasil.

Para o gerente, é importante ter o índice de inflação refletindo, efetivamente, os hábitos de consumo atuais das famílias. “A nossa cesta, anteriormente, era baseada na Pesquisa de Orçamento Familiar de 2008/2009 e ainda trazia alguns componentes que se tornaram obsoletos com o passar do tempo, como a compra de CDs e DVDs e a locação de DVD que saíram da cesta e deram lugar a produtos e serviços mais ligados à tecnologia como os serviços de transporte por aplicativos, de streaming”, disse.

“O transporte por aplicativo foi uma coisa que começou aqui no Brasil em 2013, 2014, enquanto a POF tinha sido em 2013/2014, então a gente não tinha nem resquício disso ainda e ganhou relevância e entrou na cesta de quase todas as áreas. Nas que não entraram foi mais por questão de legislação e passou a ser permitido só no fim da pesquisa".

Segundo Pedro Kislanov, "outra coisa que entrou foi conserto de aparelho celular que agora ganhou um peso enorme em todas as áreas. Reflete bem a mudança dos hábitos de consumo. Hoje as pessoas compram aparelhos caros e investem em conserto, por exemplo, nas telas do celular. Isso é bem sintomático da mudança de padrão tecnológico”.

Fonte: Agência Brasil

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

+ Leia mais

Categorias