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02 de Dezembro de 2020

Observatório reúne dados sobre ensino de inglês no Brasil

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A maioria dos professores que dão aulas de inglês nas escolas públicas no Brasil, o equivalente a cerca de 55%, não tem formação específica para lecionar essa disciplina. Além disso, 81% reclamam da falta ou da inadequação do material didático usado nas aulas. 

Os dados estão disponíveis no Observatório para o Ensino da Língua Inglesa no Brasil, lançado hoje (2) pelo British Council, organização internacional do Reino Unido que promove a cooperação com países parceiros em áreas como educação, artes e sociedade. Este é o primeiro observatório sobre o tema lançado pelo British Council no mundo. A plataforma tem como objetivo reunir dados e evidências para subsidiar políticas públicas e tomadas de decisão. 

O ensino da língua inglesa passou a ser obrigatório a partir do 6º ano do ensino fundamental este ano, como previsto na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que estabelece o mínimo que deve ser ensinado em todas as escolas do país. Até então, as escolas tinham que ofertar algum idioma estrangeiro, mas não necessariamente o inglês. 

Exclusão 

A maioria dos professores de inglês é mulher, o equivalente a 80,1% e é branca. Pretos e pardos são 23,7% dos professores de inglês, enquanto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 56% da população brasileira. Ainda assim, o salário de professoras de inglês pretas e pardas é, em média, menos da metade do salário de homens brancos com o mesmo nível de ensino. 

“Temos que pensar qual é a representação que se tem dentro do ensino de inglês e como isso dialoga com os estudantes. É importante a gente ter esses modelos de professores, essa representação, para que os estudantes se vejam representados nesses professores e vejam que também terão oportunidades a partir desse aprendizado”, diz Cintia. 

Segundo o diretor do British Council Brasil, Andrew Newton, o Observatório, com publicações e pesquisas de âmbito nacional e também com análises ajudará na elaboração e no monitoramento de políticas públicas para melhorar a formação de professores e o ensino de inglês no país. “Beneficia não apenas os gestores, mas os próprios professores e, claro, os estudantes, porque a maneira de construir um melhor sistema de ensino de inglês, é ter melhores professores”, diz. 

Fonte: Agência Brasil

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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