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26 de Março de 2023

Novo selo de melhores empresas para trabalhar certifica negócios que empregam e desenvolvem juventudes

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Corporações que possuem ações afirmativas e políticas internas de seleção, recrutamento e desenvolvimento de jovens, que têm por objetivo contribuir para que elas e eles possam alcançar sucesso nas suas trajetórias profissionais e reduzir desigualdades sociais, poderão ser reconhecidas pelo selo “Melhores Empresas para Trabalhar – Jovens-Potência”.

A iniciativa é resultado de uma ampla mobilização realizada pela UWB, pelo GOYN SP e seus parceiros para fortalecer a inclusão produtiva das juventudes periféricas, parte da população mais afetada pelos impactos negativos, sociais e econômicos da pandemia do Covid-19.

O selo foi lançado oficialmente na última quinta-feira (23) em evento da Great Place to Work (GPTW). A criação deste reconhecimento busca provocar reflexões e incentivar mudanças no ecossistema corporativo para que empresas repensem e aprimorem processos de contratação e desenvolvimento de talentos, com o objetivo de incluir jovens-potência em seus times, garantindo mais diversidade e equidade ao mercado de trabalho. Jovens-potência são jovens de 15 a 29 anos que estão em situação de vulnerabilidade social e sem oportunidade de formação acadêmica e/ou emprego formal.

“A UWB e o GOYN SP têm a missão comum de atuar pela promoção de espaços que apontem a inclusão produtiva das juventudes como uma estratégia sólida para o enfrentamento das desigualdades sociais. Por isso, a importância deste selo, em parceria com a GPTW. Não podemos ignorar a realidade complexa e crítica de nossas juventudes. Segundo recente pesquisa do Banco Mundial, no Brasil, estima-se em até 10 anos o impacto negativo do desemprego ou de empregos mal remunerados para quem entra hoje no mercado de trabalho, com remunerações 13% mais baixas, em média. Vale lembrar que pessoas com menos de 25 anos, que fazem parte da população mais afetada pela pandemia, representarão cerca de 90% da força de trabalho ativa em 2050. Se as empresas não olharem para esse contexto, o desenvolvimento socioeconômico do País ficará comprometido”, alerta Gabriella Bighetti, diretora-executiva da UWB.

Contratar e reter jovens-potência em suas equipes também são estratégias que, para além de contribuir com oportunidades para essa parcela da população, fortalecem a agenda  ESG (Environmental, Social and Governance). Cada vez mais consumidores e investidores valorizam marcas que realizem ações amplas, socialmente transformadoras e sustentáveis. “É indiscutível que promover formação e contratar jovens em situação de vulnerabilidade pode impactar positivamente toda a sociedade. Em 2022, 35,9% dos jovens de 18 a 24 anos estavam desempregados. Inclui-los em postos dignos de trabalho significa evitar prejuízos de até 1,5% do PIB, quebrar ciclos de pobreza, enfrentar o racismo estrutural e os diferentes preconceitos e qualificar nosso capital humano, no médio e longo prazo”, reforça Gabriella.

A jovem-potência Leiriane Ferreira, de 19 anos, que trabalha hoje como aprendiz na área jurídica, analisa o impacto positivo de medidas de inclusão produtiva em sua vida. “Moro na Zona Sul de São Paulo e, atualmente, faço parte do Núcleo Jovem do GOYN. Com certeza, faz total diferença na minha vida! Por meio do programa, eu pude melhorar a minha comunicação e enfrentar melhor os desafios por ser tímida. Hoje em dia trabalho em uma empresa maravilhosa, que também consegui graças ao programa. Tem sido muito gratificante fazer parte disso tudo”, conta.

 

Empresas já certificadas podem requerer o selo jovem-potência

Durante o ano de 2023, após o lançamento do selo “Melhores Empresas para Trabalhar – Jovens-Potência”, as empresas já certificadas na lista de Melhores Empresas para Trabalhar podem responder a um questionário adicional e concorrer ao ranking Jovens-Potência. O procedimento pode ser verificado neste link. As perguntas avaliarão o quanto, de fato, as corporações estão trabalhando com essa agenda.

A compilação dos resultados levará a uma gama de dados e evidências sobre o mercado potencial empregador de São Paulo, apontando quais empresas estão no topo da lista, as etapas do processo de contratação e retenção de jovens que ainda são vulneráveis, o que tem sido feito para garantir a entrada e permanência desses talentos no ecossistema corporativo e outros aspectos importantes para inspirar iniciativas de promoção e ampliação da inclusão produtiva das juventudes periféricas.

Toda essa mobilização visa envolver diferentes áreas na causa jovem para que os avanços dessa pauta possam ser acelerados, como resposta efetiva aos desafios do mercado no pós pandemia, fortalecendo o desenvolvimento econômico e social do País.

O Itaú Educação e Trabalho, que atua no apoio e incentivo a políticas e medidas que contribuam para melhorar a qualidade da formação para o mundo do trabalho, é membro do comitê gestor do GOYN e apoia o selo “Melhores Empresas para Trabalhar – Jovens-Potência”. Para o gerente de articulação do Itaú Educação e Trabalho, Diogo Jamra, essa iniciativa é fundamental para que o setor produtivo contribua ativamente na promoção de oportunidades para as juventudes. “Temos a responsabilidade, como sociedade, de proporcionar formação profissional qualificada para os jovens e promover a inserção produtiva digna dessa parcela da população, para que tenham oportunidades e perspectivas positivas para suas carreiras e vida. As empresas precisam se ver como parte dessa solução e este selo é um caminho importante nesse sentido”, avalia.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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