11 de Março de 2022
Nove mulheres empreendedoras que conquistaram sucesso no universo da moda
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As mulheres têm um papel importante no empreendedorismo nacional, segundo dados GEM (Global Entrepreneurship Monitor 2020), a força feminina representa um número de 30 milhões de empresárias – em um cenário total de 52 milhões de empreendedores.
Com um percentual de 48% de mulheres à frente de empresas de todos os portes no país, o Brasil se encontra na 7ª posição em um ranking mundial que mede a força da liderança feminina à frente das empresas.
Um dos principais motivos que leva tantas mulheres a assumirem o comando de seus próprios negócios está a busca por equidade de salários e oportunidades em um universo empresarial ainda dominado por homens.
No universo que compõem a moda as mulheres vêm dominando com louvor – e muita criatividade – o comando de empreendimentos que seguem as mais distintas linhas.
Flexibilidade, pandemia e inovação
Ainda segundo os dados do GEM, as mulheres tendem a ser mais criativas e inovadoras quando o assunto é empreender.
O viés que conduz o clichê “sair da zona de conforto” é uma realidade clara e simples dentro do universo feminino.
Na prática isso significa o uso mais incisivo de tecnologia (redes sociais, aplicativos, formas de pagamento e recebimento instantâneos, entre outros).
O caminho que leva um negócio liderado e idealizado por uma mulher é muito aberto a mudanças de percursos.
Elas são mais flexíveis e adaptáveis, ou seja, não têm tanto receio de recomeçar ou mudar algo no plano original, desse modo, seus empreendimentos são muito mais propensos ao sucesso.
A pandemia foi um fator decisivo para muitos profissionais, levando-os a construir seus empreendimentos ou remodelar algo que já estava em curso.
Para se ter uma ideia, em todo o país houve um aumento de 40% no número de novas empresárias que surgiram nesse período. Dessa média, 26% dessas empresas são classificadas como corporações de pequeno ou médio porte.
Outro dado interessante é que as mulheres empregam mais mulheres. Muitos empreendimentos de pequeno e médio porte apresentam quadros de funcionários – quando não 100% - majoritariamente feminino.
Moda e beleza são o carro-chefe do empreendedorismo feminino no Brasil
É possível encontrar mulheres donas de empreendimentos nos mais diversos setores, porém, os que mais se destacam são os segmentos de beleza, roupas, calçados e acessórios.
Entre essas categorias, o mercado de joias e semijoias tem sido apontado como um campo promissor. Segundo números disponíveis no relatório do McKinsey Global Institute, de 2020, no Brasil, é possível que existam 3 mil empresas de semijoias, que alcançam, juntas, um faturamento superior a R$ 600 milhões. Além disso, a expectativa de crescimento deste mercado é de até 6% ao ano, segundo o mesmo estudo.
Fatores como criatividade nacional, abundância de peças e facilidade de revenda de semijoias como as de prata, por exemplo, são alguns dos motivos do crescimento.
A seguir trouxemos alguns nomes de uma nova geração no campo da moda que misturam essa criatividade e inovação em seus negócios. Inspire-se!
1 – Ana Soares – Moda Pé no Chão
De blogueira a empreendedora de sucesso. Ana Soares é consultora de moda e, atualmente, trabalha dando palestras e workshops com dicas sobre moda, estilo e comportamento.
Seu foco está na desconstrução de padrões e na liberdade para que mulheres de todos os estilos e biotipos possam se encontrar sem precisar seguir tendências datadas e limitadas.
Trabalhar com a autoestima, o consumo consciente e transformar a moda acessível para todos que se interessam são suas marcas registradas e o que a torna um diferencial no setor.
2 – Thais Farage – Personal Stylist
Consultora de moda, escritora e palestrante e muito mais. Thais Farage é uma referência quando o assunto é moda, estilo e tendência.
Fundadora da Farage Inc., ela traz uma personalidade própria às suas criações. Seu estilo é considerado descomplicado, subversivo, criativo e cheio de atitude e personalidade.
3 – Patrícia Bonaldi – PatBO
Um dos nomes mais conhecidos do mundo da moda no Brasil, Patrícia Bonaldi já vestiu celebridades como Gisele Bundchen e Rihanna.
Sua marca é vendida dentro e fora do país e conta, além do e-commerce, com pontos de vendas espalhados por todo o território.
Patrícia Bonaldi é uma referência no mercado e sua marca conta com quase 1 milhão de seguidores nas redes sociais.
4 – Luana de Moraes – Use Miaa
Apaixonada por moda desde sempre, Luana de Moraes, começou a empreender como forma de ter uma renda extra montando um brechó com peças pessoais.
O sucesso despertou o interesse em abrir um negócio próprio que tivesse a sua cara e que contasse com peças que refletissem seu gosto pessoal
Assim, criou um catálogo de acessórios delicados e joviais. Já em 2019 o e-commerce tornou-se um sucesso e faturou mais de R$ 2 milhões.Mas foi durante a pandemia que Luana viu seu faturamento mais que dobrar.
5 - Carla Ceragioli – Amica Mia
Um hobby que virou negócio, assim nasceu a Amica Mia, e-commerce de acessórios da ex-publicitária Carla Ceragioli.
Com peças coloridas, alegres e feitas artesanalmente, a marca conquistou um faturamento de R$ 1 milhão em 2021 e vê seu alcance crescer mensalmente.
Sua maior vitrine? Nas redes sociais, o Instagram é o grande responsável por espalhar a Amica Mia para seu público-alvo: consumidores jovens, com estilo de vida ligados à natureza e ao consumo consciente.
6 – Stefani Carvalho – Insânia
A Insânia de Stefani Carvalho é um e-commerce especializado em vestidos. A marca carrega em seu DNA toda a essência e cultura mineira.
Engenheira por formação, Stefani produz peças jovens, leves e urbanas e, em 2020, teve um faturamento de R$ 600 mil.
Para o ano de 2021, especula-se que o lucro da Insânia possa ter girado em torno de 1,8 milhões.
7 – Vanessa Rouvier – Le Scarpin
Vanessa Rouvier lançou a Le Scarpin em 2017 com o propósito de atender um público bem específico: mulheres jovens, modernas e que têm prazer em consumir produtos exclusivos e de boa qualidade.
A loja é especializada em sapatos do modelo scarpin, mas passa longe dos pares comuns, desconfortáveis e quase sem estilo.
O empreendimento é um sucesso, pois oferece um serviço personalizado e diferenciado. Não há uma produção em massa, cada par é produzido exclusivamente.
Seu único estoque é pensado para o consumo de stylists, e o volume mensal da sua produção gira em torno de 50 pares.
8 – Júlia Alcântara – Orna
Júlia Alcântara e suas irmãs Débora e Bárbara começaram no mundo da moda como blogueiras, em 2010.
Com o lucro obtido por meio de publicidade veiculadas no site, Júlia decidiu investir em uma marca própria de bolsas: Orna.
O sucesso das três irmãs foi inevitável, pois elas conheciam bem os desejos de seu público-alvo. Hoje, além do nicho inicial, o e-commerce trabalha também com a venda de skincare e maquiagem.
9 – Flávia Oliveira – Platô
A Platô da mineira Flávia Oliveira surgiu como uma loja física em 2019, mas foi com o lançamento do e-commerce que o sucesso se fez presente de fato.
O negócio cresceu tanto em tão pouco tempo que a empreendedora passou a criar coleções próprias, comercializar para todo o país e, hoje, pode ser encontrada nos principais marketplaces especializados no setor.