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05 de Fevereiro de 2024

No RN, programa Brasil Mais Produtivo deve engajar 2,5 mil MPEs industriais, aponta SENAI-RN

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A Plataforma de Produtividade para o Novo Brasil Mais Produtivo, na qual empresas de todo o país podem se inscrever para ter acesso gratuito a diagnóstico e estratégia de gestão, consultorias e cursos profissionalizantes de manufatura enxuta ou eficiência energética, entrou em operação nesta quarta-feira (31). A expectativa é engajar até 200 mil empresas pela plataforma e atender direta e presencialmente mais de 93 mil até 2027 em uma jornada de produtividade e transformação digital. No Rio Grande do Norte, a meta é alcançar 2,5 mil micro e pequenas empresas industriais em quatro anos, aproximadamente 30% do total do estado.

O programa destina mais de R$ 2 bilhões para promover a produtividade e transformação digital de micro, pequenas e médias empresas industriais brasileiras. No Rio Grande do Norte, as ações serão executadas pelo SENAI-RN e SEBRAE-RN. Para o diretor regional do SENAI-RN, Rodrigo Mello, este é o principal projeto do departamento nacional da instituição para 2024, e uma pauta de grande relevância também para o RN.

Mello comenta ainda que ambas instituições estão engajadas para atender, em cada nível necessário, as empresas que se interessarem em participar do programa. “O SENAI-RN está bem alinhado com o SEBRAE. Aqui no estado temos a meta de engajar cerca de 2,5 mil empresas em vários níveis de atenção. Algumas serão atendidas mais profundamente, outras mais superficialmente, algumas só na consultoria e outras só na educação”, detalha.

De acordo com ele, o programa foi planejado com foco em duas vertentes principais. “O foco do projeto está bem definido em ampliação de produtividade do ambiente industrial e outra vertente da intensificação da eficiência energética também dentro do ambiente industrial”, explica o superintendente. “A partir disso, entenda-se, conectividade, virtualização de processos e digitalização do ambiente produtivo”, complementa.

Rodrigo Mello detalha que as ações desenvolvidas por meio da plataforma e dentro do programa Brasil Mais Produtivo precisam permanecer na cultura e dia a dia de cada empresa contemplada. “Isso precisa ficar na cultura da empresa para que essas ações sejam permanentes e não apenas agora quando ocorre a instalação do projeto”, finaliza.

Lançado em novembro do ano passado, a nova fase do programa é coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) em uma parceria inédita entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a Empresa Brasileira de Inovação Industrial (Embrapii) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES).

No lançamento da Plataforma de Produtividade nesta quarta (31), o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou a necessidade das pequenas indústrias se tornarem mais competitivas. “O mundo vai ter que descabornizar e o Brasil é o grande protagonista em inúmeras rotas tecnológicas. Teremos uma oportunidade importante de nos reindustrializar”, comentou. “Vamos nos empenhar o mais rápido possível para fazer que a pequena empresa tenha mais oportunidade, gerar riqueza e trabalho para o nosso país”, completou.

“Estamos juntando aqui dois craques, SEBRAE e SENAI, para ir à empresa ou pela plataforma digital fazer o diagnóstico correto, identificar o gargalo, verificar onde pode ter um salto de produtividade”, ressaltou Alckmin, ao explicar que o aumento da produtividade é um dos focos da neoindustrialização, ao lado da descarbonização, inovação e exportação.

Para o diretor geral do SENAI, Gustavo Leal, o programa e a Plataforma de Produtividade representam uma oportunidade para as MPEs industriais brasileiras se tornarem mais competitivas. “Esse programa é multifacetado, desde a digitalização à requalificação profissional. É um programa que tem características e escala únicas. É importante reconhecermos o quanto o ministério foi ousado na composição desse programa, além do trabalho em conjunto, que será capaz de fazer grande diferença para a economia”, destacou Leal.

Por sua vez, o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, destacou que a plataforma será uma oportunidade para atrair a confiança das milhões de empresas que estão na informalidade. “A iniciativa de criar a plataforma tem que vir incorporada, unificada, em poucas palavras, com o objetivo de apoiar essas pessoas. E o Sebrae tem essa facilidade. É a porta em que as pessoas confiam. Os empregos que precisamos estão aqui”, afirmou.

“A neoindustrialização é um marco histórico para dizer que o Brasil é um país desenvolvido, soberano e capaz de resolver os abismos sociais no nosso país”, ressaltou o presidente do Sebrae, Décio Lima. “Pela primeira vez, estamos em uma sinergia com órgãos fundamentais para a construção desse processo que é imperativo para a economia brasileira, que trará inovação, sustentabilidade e inclusão”, completou.

A presidente da ABDI, Cecilia Vergara, reforçou que o lançamento da plataforma marca um dia muito importante para o Brasil Mais Produtivo. “Para a ABDI é uma honra participar dessa iniciativa e ser responsável pela gestão operacional do programa. Nosso time segue trabalhando para consolidar o Brasil Mais Produtivo como o maior e mais impactante programa de aumento de produtividade do país, voltado para micros, pequenas e médias empresas. Tenho certeza de que estamos no caminho certo”, disse.

“O Plano Mais Produção busca pavimentar os caminhos para uma indústria mais inovadora e digital, mais verde, mais exportadora e mais produtiva. O Novo Brasil Mais Produtivo é um pilar essencial da estratégia de neoindustrialização nacional, por meio da digitalização de processos básicos e da inserção de novas tecnologias com foco em pequenos negócios”, afirmou José Luis Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES.

“A plataforma é uma complementaridade do NIB, um esforço do governo e do setor produtivo brasileiro para aumentar a inovação nas empresas. A Finep faz parte deste grande movimento pelo Brasil”, pontua Celso Pansera, presidente da Finep.

“A Embrapii se soma a esse esforço, por meio do desenvolvimento de tecnologias apropriadas aos desafios diagnosticados na plataforma, disponibilizando a sua rede de ICTs com expertise nas mais diversas áreas de competência tecnológica, para impulsionar a competitividade dos pequenos negócios no mercado”, disse o presidente da Embrapii, Chico Saboya.

Brasil Mais Produtivo faz parte do Nova Indústria Brasil

O Novo Brasil Mais Produtivo está alinhado às diretrizes da nova política industrial brasileira, lançada pelo governo federal no último dia 22. A Nova Indústria Brasil (NIB) é lastreada em seis missões voltadas para o crescimento do país e a melhoria da qualidade de vida da população. A missão 4, que prevê a transformação digital da indústria para ampliar a produtividade, engloba investimentos na indústria 4.0. O objetivo é promover um salto de digitalização das empresas industriais brasileiras (de 23,5% digitalizadas, atualmente, para 90%), além de triplicar a participação da produção nacional nos segmentos de novas tecnologias até 2033.

Ao promover a transformação digital, o Novo Brasil Mais Produtivo oferece soluções de baixo custo e de rápida implementação para aumentar a produtividade e a gestão nas empresas brasileiras. A nova edição do Brasil Mais Produtivo também tem como objetivo promover a cultura de aprendizado e aperfeiçoamento constante das empresas brasileiras.

Outras modalidades de ação do Brasil Mais Produtivo

Além da plataforma de produtividade, primeira modalidade do Novo Brasil Mais Produtivo e voltada para as MPMEs industriais, o programa abrange outras três categorias.

Com foco em gestão para todas as micro e pequenas empresas, a segunda modalidade vai orientar até 50 mil empresas, que também receberão acompanhamento contínuo de Agentes Locais de Inovação (ALI) e outros instrumentos do Sebrae para o aumento da produtividade nos negócios, além de outros projetos setoriais da instituição.

A terceira modalidade do programa visa a otimização de processos industriais de até 30 mil micros e pequenas indústrias e em até 3 mil médias indústrias por meio de consultoria em manufatura enxuta e eficiência energética e aperfeiçoamento profissional do SENAI.

Por sua vez, a quarta modalidade prioriza a transformação digital. Na modalidade, 360 empresas industriais receberão apoio do SENAI com o desenvolvimento de novas tecnologias. Além disso, 8.400 MPMEs serão beneficiadas com soluções desenvolvidas por empresas provedoras de tecnologias 4.0 por meio de chamadas Smart Factory. A quarta modalidade também prevê o atendimento a 1.200 médias empresas com um plano completo de transformação digital: da elaboração do projeto de investimento ao acompanhamento de implantação.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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