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05 de Fevereiro de 2019

Natal sediará bate papo sobre autismo com profissionais e pesquisadores de todo o país

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A capital potiguar será palco, no próximo sábado, dia 09, do 1º Vivenciar - uma compreensão cientifica sobre autismo. O evento será realizado no Hotel Vila do Mar, na Via Costeira, das 16h às 20h, e terá a participação de profissionais e pesquisadores da área de todo o país. Diferentemente de outros eventos voltados para discussão do tema, o 1º Vivenciar não seguirá um formato de palestras ou mesa redonda, ele será um grande bate papo entre convidados e participantes.

O objetivo é proporcionar uma troca maior de informações e oferecer aos convidados um contato direto com diversos profissionais. Estarão presentes no evento, a Neurologista Infantil, Dra. Vanessa Van Der Linden; a Analista do Comportamento, Sara Yoshikawa; a Psicóloga-Analista do Comportamento, Meca Andrade; a Psiquiatra da Infância e Adolescência, Dra. Rosa Magaly Morais; a Fonoaudióloga-Analista do Comportamento, Dra. Renata Lima Velloso; e o educador físico, Daniel Souza.

Alguns temas devem ser tratados durante o evento, já que são assuntos sempre pertinentes, como qual a melhor forma de chegar a um diagnóstico de uma criança com TEA. Segundo a Neuropsicóloga e organizadora do evento, Katia Nogueira, temos que estar atentos a intenção da interação da criança com o meio em que ela vive. “Devemos estar atentos se a criança direciona o olhar e o corpo ao outro como intenção de interação ou se busca os estímulos, como brinquedos, por exemplo. É importante ainda analisar se consegue variar o comportamento ou se repete incansavelmente esse mesmo comportamento. Essas são questões que devem ligar o sinal de alerta. As adaptações às mudanças alimentares, às tentativas de troca comunicativa e ainda a comunicação vocal também servem de alerta”, confirma Dra. Kátia Nogueira.

Atualmente, já é possível fazer o diagnóstico de forma segura quando a criança tem com 18 meses, mas é importante manter a atenção desde cedo. Isso porque, aos três e até aos seis meses de idade os pais devem ter indicativos que esta criança não está mostrando um padrão de desenvolvimento dentro do esperado. Quando chega o diagnóstico, a notícia pega muitos de surpresa e alguns ficam sem saber qual o próximo passo a dar.

Segundo a Neuropsicóloga, a melhor opção é iniciar um tratamento com uma equipe de profissionais qualificados para atender e intervir de forma adequada. “Isso garante que a família terá informações e suporte para atender as demandas desse indivíduo. Desta forma, o “caos”, que é gerado pela não compreensão de alguns comportamentos de pacientes com TEA, será cada vez melhor administrado. Uma equipe com profissionais qualificados e experientes dará suporte à casa, escola e em muitos ambientes diferentes, como shopping e aniversários, por exemplo. É preciso entender as características desse indivíduo e dar a ele uma aprendizagem do que ele terá nos diversos ambientes do mundo”, afirma.

É importante que familiares, amigos e profissionais, que cuidam de uma criança com TEA, entendam que aprender não é uma tarefa fácil e os indivíduos com atraso no neurodesenvolvimento sinalizam quando a experiência de trocas ambientais não está sendo suficiente para aprender a responder às demandas do ambiente. “Costumo dizer que se você tem um filho com dificuldade em matemática você o colocará em aulas de reforço diária. Inclusive, atualmente, vemos um número crescente no “Kumon”. É diário, sete dias na semana. Por que seria diferente em indivíduos onde seus déficits não são apenas questões matemáticas, mas habilidades para adequar-se a responder ao mundo?  Eles merecem e têm direito a essas aquisições”, finaliza.

O 1º Vivenciar - uma compreensão cientifica sobre autismo marca um ano de atuação da Focus Intervenções no mercado de Natal e, por isso, é voltado, primeiramente, às famílias já atendidas pela clínica. A sociedade em geral, no entanto, também poderá participar, uma vez que a clínica vê a importância de abranger ao máximo a discussão sobre o tema com educadores, fonoaudiólogos, professores, terapeutas, psicólogos e outros profissionais da saúde. Para esse público, as vagas são limitadas.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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