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08 de Março de 2021

Mulheres estão à frente de 32% dos negócios no Rio Grande do Norte

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O Dia Internacional da Mulher, comemorado hoje, no dia 8 de março, reforça que ainda há muito a se avançar para o Rio Grande do Norte conquistar equidade ou pelo menos equilíbrio de gênero no meio empresarial do estado, assim como no restante do Brasil. As mulheres estão no comando de 32% das empresas potiguares, o que representa um universo de 115,7 mil empreendedoras.

Em todo o país, elas somam 8,6 milhões de empresárias que, com competência, determinação, visão, talento e muita força, têm conquistado um lugar em um cenário predominantemente marcado pela presença do público masculino. As informações fazem parte do estudo ‘O Empreendedorismo Feminino no Brasil’, um levantamento feito pelo Sebrae para traçar um perfil das mulheres empreendedoras no país e sua evolução recente.

O mapeamento foi divulgado nesta sexta-feira (5) e leva em conta as informações disponibilizadas nos micro dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), coletada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).   O estudo revela que 53% das empreendedoras potiguares estão na faixa etária até 44 anos  e sinaliza para uma triste realidade, que ainda persiste na área financeira, principalmente levando em consideração que os homens no geral recebem mais. 78% das donas de empresas do Rio Grande do Norte ganham até um salário mínimo.

Esse quadro é ainda mais grave no Piauí, onde 86% das empreendedoras estão enquadradas nessa faixa de renda. No Brasil, somente 5% das 8,6 milhões de gestoras de empresa ganham mais de cinco salários mínimos. Segundo a gerente de Relacionamento e Soluções do Sebrae-RN, Tathiana Udre, as estatísticas reveladas na pesquisa precisam ser revertidas e o caminho é estimular a entrada das mulheres no meio empresarial.

“Fomentar o empreendedorismo feminino é essencial para que essas mulheres possam ampliar seus rendimentos, gerar mais vagas de emprego, manter-se no mercado e serem independentes, tornando-se protagonistas de suas vidas”, defende. E essa abertura de oportunidades de trabalho formal é fato. Segundo a pesquisa do Sebrae, 83% dos negócios conduzido pelo público feminino emprega de uma a cinco pessoas no Rio Grande do Norte.

Tathiana Udre destaca que as empreendedoras são, geralmente, mais detalhistas, sensitivas e atenciosas, características que podem contribuir para a gestão do negócio. A gerente da instituição de apoio às micro e pequenas empresas no estado reconhece que mesmo com toda essa força e diferenciais, as mulheres ainda têm remuneração em média 22% menor que a dos homens e ocupam menos cargos de liderança.

“Além disso, ainda existe uma barreira emocional no processo de acreditar, do fazer acontecer. Na lista de desafios do empreendedorismo feminino, estão: a baixa autoconfiança e crença em seu potencial empreendedor, a falta de apoio de familiares, ambiente predominantemente masculino, e a dupla jornada de trabalho das mulheres”, relaciona Tathiana.

Outra boa notícia: há um nível alto de maturidade dos empreendimentos administrados pelas mulheres. Do total de negócios comandados por elas, somente 35% possuem menos de dois anos de atividade. A maioria está no mercado há mais tempo.

Um dos exemplos dessa filosofia de valorizar o empreendedorismo feminino é o programa Sebrae Delas, que incentiva, apoia e fortalece a participação das mulheres à frente das empresas por meio do desenvolvimento de competências. É um programa de aceleração com o objetivo de aumentar a probabilidade de sucesso de ideias e negócios liderados por mulheres.

Entre 2019 e 2020, mais de 10 mil donas de pequenos negócios já foram atendidas. O programa oferece cursos, workshops e consultorias para mulheres de todo o País. O Sebrae Delas também incentiva o contato entre as empreendedoras para que essas mulheres construam uma rede de apoio e compartilhamento de problemas e soluções na gestão empresarial.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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