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02 de Maio de 2019

Mortes são “ponta do iceberg” das ameaças contra jornalistas, destaca Unesco

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Durante encontro entre o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e a Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), onde foi divulgado relatório envidenciando a violência contra jornalistas, um evento também alusivo ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa (3 de maio), foi apresentado, pela primeira vez em português, o resumo executivo do relatório da diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, sobre assassinatos de jornalistas em todo o mundo, intitulado “Punir o crime, não a verdade: Destaques do relatório de 2018 da Diretora-Geral da UNESCO sobre segurança dos jornalistas e o perigo da impunidade”.

O levantamento contabiliza 182 jornalistas assassinados em todo o mundo em 2016 e 2017. Isso significa uma morte a cada quatro dias. O local mais violento para o exercício da profissão foi a região da Ásia e Pacífico, com 54 assassinatos. Em seguida, vêm os países árabes e a América Latina e Caribe. Em cada uma dessas duas regiões, houve 50 mortes. O ano de 2016, com 102 mortes no planeta, foi mais violento que o de 2017, quando 80 jornalistas foram assassinados.

Na série história, o número vem diminuindo desde 2015 e está abaixo do pico verificado em 2012, mas ainda está acima do que era observado até 2011. Segundo a Unesco, 89% dos casos de jornalistas mortos entre 2006 e 2017 para os quais há dados dos processos judiciais continuam impunes. O problema é maior nos países árabes. Já a região com menos impunidade é Europa Ocidental e América do Norte. Países sem conflitos armados estão concentrando mais o número de mortes. Em 2016, metade era em países nessa situação. Em 2017, os locais sem confrontos respondiam por 55% dos casos. O país em que mais jornalistas morreram em 2016 e 2017, por exemplo, foi o México, que registrou 26 casos.

Somente em seguida vêm locais com conflitos armados: o Afeganistão, com 24 mortes, Iraque, com 17, e Síria, com 15. Outros países que se destacam negativamente são Iêmen (14), Índia (10 mortes), Paquistão (8) e Guatemala (8). O relatório da UNESCO apontou também a tendência no aumento de mulheres entre as vítimas. Desde que os números começaram a ser coletados em 2006, o ano de 2017 foi aquele que registrou mais jornalistas mulheres assassinadas: 11.

Em 2016, já tinham sido dez. Elas também são afetadas por outros riscos, como assédio sexual, violência sexual e ameaças de violência. O grupo com maior número de jornalistas assassinados no mundo é proveniente da TV. Eles representaram 45% dos casos em 2017 e 34% em 2016. Os repórteres locais também são os que mais assassinados - 94% do total -, uma vez que ataques a jornalistas internacionais costumam atrair mais atenção. Os freelancers (autônomos) também são mais vulneráveis.

Fonte: ANJ, disponível em: https://www.anj.org.br/site/component/k2/73-jornal-anj-online/19363-metade-dos-assassinatos-de-jornalistas-no-brasil-permanece-impune-profissionais-fora-dos-grandes-centros-sao-principal-alvo.html

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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