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08 de Maio de 2023

Missão ao Reino Unido encerra com boas perspectivas para o setor de energias do RN

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As perspectivas de desenvolvimento para o setor de produção de energias renováveis do Rio Grande do Norte são animadoras e o otimismo vem como resultado de uma missão empresarial, organizada pelo Sistema FIERN/SENAI ao Reino Unido, que encerra neste sábado (6). O Sebrae no Rio Grande do Norte integra a comitiva de empresários e representantes de instituições ligadas ao setor produtivo do estado para potencializar essa cadeia produtiva e vê boas chances de novas oportunidades de negócios para pequenas empresas, a partir da cooperação com grupos empresariais e governo britânicos. A delegação potiguar está no Reino Unido desde o dia 28 de abril, conhecendo experiências exitosas e dialogando com representantes do poder público e iniciativa privada daquele país.

O roteiro incluiu visitas a centros de inovação, a instalações eólicas offshore, à infraestrutura portuária da região e a participação na conferência “Offshore Wind Connections” – um dos principais e mais conhecidos eventos eólicos offshore britânicos – realizada em Manchester. A delegação também cumpriu agendas em Newcastle, Hull e Londres. E o resultado é de boas perspectivas. A avaliação é do diretor superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto, que acompanha o grupo e participou das atividades da agenda de compromissos da comitiva.

“Nossa avaliação da missão é extremamente positiva. Visitamos grandes empresas, portos, o maior projeto eólico offshore do mundo, universidades, centros de pesquisa e parques tecnológicos. No balanço geral, constatamos a importância e a prioridade que todos dão ao empreendedorismo e à pequena empresa. Por isso, temos essa avaliação positiva”, analisa Zeca Melo.

O superintendente do Sebrae-RN também acredita que um dos benefícios resultantes da missão será a troca de experiência e conhecimento. “Acho que a gente leva muita coisa daqui: contatos e possibilidade de retorno para cá e de convites para um intercâmbio técnico para britânicos participarem conosco dos projetos desenvolvidos no Rio Grande do Norte. Tivemos um forte apoio da embaixada britânica. Então, por tudo isso, creio que vamos tirar bons frutos da nossa estada aqui [no Reino Unido]”, avalia Melo.

O superintendente do Sebrae-RN também acredita que um dos benefícios resultantes da missão será a troca de experiência e conhecimento. “Acho que a gente leva muita coisa daqui: contatos e possibilidade de retorno para cá e de convites para um intercâmbio técnico para britânicos participarem conosco dos projetos desenvolvidos no Rio Grande do Norte. Tivemos um forte apoio da embaixada britânica. Então, por tudo isso, creio que vamos tirar bons frutos da nossa estada aqui [no Reino Unido]”, avalia Melo.

Energia eólica no mar

O Reino Unido é líder do setor eólico offshore na Europa e tem muito a contribuir para o desenvolvimento desse segmento no estado, que dá passos em direção à produção de energia a partir dos ventos em alto mar. Por isso, um dos principais objetivos da missão foi conferir, in loco , a operação de parques eólicos offshore e prospectar oportunidades de negócios para o estado, mostrando o potencial brasileiro e potiguar, na área, de olho em possíveis parcerias com empresas e instituições britânicas.

O empresário do setor de construção civil, Sílvio Bezerra, um dos participantes da iniciativa, que agrega representantes de 20 empresas e organizações potiguares, relata sobre as impressões que teve ao visitar parques eólicos offshore. “Estamos aqui com a preocupação de ver como fazer um pequeno e micro participar da cadeia de suprimentos e o que poderia ser fornecido pelo pequeno”, afirma.

Sobre os modelos que o estado pode adotar a partir da expertise britânica, Silvio Bezerra afirma: “É tudo muito sigiloso, pois tem muita inovação sendo testada. Mas pelo que vimos, acreditamos que os projetos que estão sendo concebidos no Rio Grande do Norte serão muito mais baratos, já que a nossa plataforma marítima varia de 14 a 20 metros de profundidade. Em Londres, eles estão viabilizando isso com 50 metros de profundidade. Ou seja, o dobro ou quase o triplo do que a gente tem. Isso significa que a instalação de uma torre eólica será mais barata e econômica no estado”, compara Silvio Bezerra.

O Rio Grande do Norte já é o maior produtor de energia eólica em terra no Brasil e tem os primeiros 10 complexos eólicos offshore à espera de licenciamento no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). São 17,84 Gigawatts (GW) de potência previstos nos projetos, mais de duas vezes superior à existente hoje, no estado, em parques eólicos em terra. O volume corresponde a aproximadamente 10% do projetado, até agora, para a costa brasileira, um total de 182,98 GW que esperam o aval do Ibama.

A Missão ocorre em um momento em que investimentos na área já são realidade na Europa, na Ásia e nos Estados Unidos, e que, em território brasileiro, começam a despontar no horizonte também como oportunidades. Há, no Brasil, a intensificação de estudos e um processo de regulamentação em curso para início da implantação dos primeiros complexos eólicos no mar. Cerca de 74 empreendimentos previstos para a costa estão, atualmente, à espera de licenciamento no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A maior parte da potência está concentrada no Nordeste.

Diversificação

O presidente da FIERN, Amaro Sales, está sendo representado na viagem pelo diretor Roberto Serquiz, que é o presidente eleito da Federação para mandato que começa em outubro. Empresas potiguares que atuam em segmentos como construção civil, montagem de torres eólicas, engenharia, telecomunicações, consultoria em meio ambiente, alimentos e bebidas, portos, logística, transporte e apoio marítimo, além de representantes do SENAI-RN, do Serviço Social da Indústria (SESI-RN) e do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) também participam da missão internacional.

“Nós testemunhamos o investimento do governo britânico em parceria com a iniciativa privada no offshore, que transformou socioeconomicamente uma região que antes gerava energia através do carvão. Vimos um investimento pesado em ciência, tecnologia e infraestrutura de apoio ao offshore, também com a presença da pequena empresa. Situações em que pudemos constatar que pode haver sim essa integração. Então, é mais uma boa prática que assistimos no Reino Unido sobre a qual podemos refletir quanto ao que se espera no Brasil e no Rio Grande do Norte”, relata o presidente eleito da FIERN.

Roberto Serquiz apresentou o Rio Grande do Norte como “estado de oportunidades” e “aberto a parcerias com o mundo” durante o Offshore Wind Connections, uma das mais importantes conferências de energia eólica offshore do Reino Unido.

“Nós pavimentamos durante a viagem uma estrada bastante fértil para a implantação do offshore no Rio Grande do Norte. Sabemos as potencialidades do estado e estamos saindo dos encontros no país com uma bagagem rica e próspera, com várias reflexões importantes para dar continuidade ao que começamos”, disse Roberto Serquiz.

Hidrogênio Verde

Em Manchester, a comitiva visitou o Manchester Fuel Cell Innovation Centre, que faz parte da Universidade Metropolitana de Manchester e está inserido em um contexto em que, localmente, a meta é zerar emissões líquidas de gases do efeito estufa até 2038. A instituição tem como foco o hidrogênio verde, cuja produção é vista com “um grande papel a desempenhar” para o alcance da meta ambiental na região.

O Rio Grande do Norte foi colocado como aberto a parcerias e cooperação nas áreas de hidrogênio e eficiência energética. O hidrogênio verde, produzido a partir de fontes renováveis de energia, é enxergado como caminho estratégico do Brasil para transportar energia para outros países. Seria um possível meio de armazenamento de energias limpas para exportação e, ainda, possibilidade de insumo para uso em processos industriais, assim como uma nova opção de combustível em substituição gradual aos tradicionalmente utilizados, considerados poluentes.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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