19 de Junho de 2020
Maternidade Escola Januário Cicco disponibiliza cartilha sobre saúde mental na pandemia
[0] Comentários | Deixe seu comentário.Grande parte dos trabalhadores da saúde não podem realizar o distanciamento social recomendado pelos órgãos de saúde pública, o que contribui para o sentimento de exposição, medo de contaminação, entre outros. Além disso, a situação de confinamento pode gerar mal-estar psicológico, pois, como seres humanos, nos organizamos em sociedade por meio da interação social.
Diante disto, a Maternidade Escola Januário Cicco, vinculada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte e à Rede Ebserh (MEJC-UFRN-Ebserh), disponibilizou uma cartilha eletrônica com orientações quanto à saúde mental em tempos de pandemia. O material faz parte de um plano de cuidados elaborado por uma equipe multidisciplinar, cujo o objetivo é auxiliar no enfrentamento da sobrecarga emocional e de trabalho de seus funcionários, ocasionados pela pandemia da covid-19. A iniciativa é incorporada ao Projeto de Extensão Saúde Mental dos Trabalhadores da MEJC frente à pandemia do novo coronavírus, vinculado ao Departamento de Enfermagem da UFRN.
Segundo a psicóloga Caroline Lemos, uma pandemia pode ser considerada uma situação de crise, pois é algo inédito e inesperado que traz modificações significativas para rotina e relações sociais. “Existe um risco iminente para a saúde e bem-estar do trabalhador. O momento requer atenção da Instituição para os efeitos psicológicos causados pelas incertezas, excesso de informações desencontradas, pelos riscos de contaminação e pela necessidade de isolamento social”, afirma.
A especialista comenta que, desse modo, pode-se afirmar que profissionais da área da saúde tem uma vulnerabilidade aumentada para o estresse, devido às características de suas profissões e ambientes de trabalho. “Esse material visa contribuir com sugestões que possam minimizar os efeitos causados pela pandemia”, acrescenta.
Ainda fazem parte do plano de cuidados para a saúde mental durante a pandemia, as ações de acolhimento dos profissionais, disponibilização de teleatendimento psicológico, psiquiátrico e de enfermagem, realização de pesquisa para traçar o perfil dos colaboradores no que tange ao autocuidado. Além da qualidade de vida no trabalho e sintomas físicos e psicológicos no enfrentamento da pandemia, produção de material audiovisual e informativos que auxiliem na preservação da saúde mental dos trabalhadores e familiares, a exemplo da cartilha.