Novidades sobre comunicação, educação, empreendedorismo, tecnologia, inovação e muito mais.

03 de Dezembro de 2018

Jornalistas estão na mira das máfias em todo o mundo, alerta a organização Repórteres Sem Fronteiras

[0] Comentários | Deixe seu comentário.

Mais de trinta jornalistas em todo o mundo foram assassinados nos dois últimos anos a mando de grupos mafiosos, denunciou na última quinta-feira (29) a organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF). Os profissionais, disse a entidade, foram vitimados em represália a seus trabalhos de investigação jornalística e pela falta de proteção das autoridades. As informações são do Portal ANJ.

Em 2018, segundo o secretário-geral de RSF, Christophe Deloire, pelo menos doze jornalistas foram assassinados por diferentes organizações criminosas. "A este número poderiam ser somados ao menos quatro casos no México que ainda estão em investigação”, diz o mais recente relatório da entidade.

“Jornalistas que investigam assuntos perigosos como a máfia são muitas vezes deixados sozinhos e indefesos diante de represália. Os Estados devem envidar todos os esforços para fornecer-lhes apoio e proteção adequados, e não se fazer de surdos aos pedidos de proteção”, ressaltou Deloire.

De acordo com a matéria, pelo menos dez jornalistas foram mortos em 2018 pelas máfias no México (4), Brasil (3) e Colômbia/Equador (3, a equipe do jornal El Comércio), países com forte presença dos cartéis de drogas. A situação do México é a mais dramática. Ao menos 32 jornalistas foram mortos pelos cartéis desde 2012, que muitas vezes contam a conivência de autoridades políticas, além da impunidade e falta de transparência nas investigações. O informe também enfatizou a situação da província de Esmeraldas, na Colômbia, cenário de constantes enfrentamentos entre os narcotraficantes e as autoridades.

Na Europa, três países foram "golpeados pela máfia em menos de um ano", diz o informe: Eslováquia, Malta e Itália. Entre os profissionais italianos, afirma a RSF, quase duzentos se encontram em situação de risco. Entre eles, dezenove precisam de proteção pessoal. Mas a violência de organizações mafiosas contra jornalistas, ressaltou a organização, está mesmo presente em todo o mundo.

O informe cita a recorrência do problema em países como Rússia, Turquia e Índia e Camboja. Nos dois últimos casos e em alguns países africanos, grupos mafiosos fazem fortuna roubando recursos naturais, desafiando as regras ambientais. Jornalistas que revelam esses negócios de minério, madeira e petróleo se expõem às piores represálias. A RSF, entretanto, adverte que nem mesmo nações como França, Holanda ou Japão "escapam dessa situação".

Com informações da ANJ

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

+ Leia mais

Categorias