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17 de Junho de 2024

ISI-ER completa três anos no RN, com crescimento de 23 vezes em valor de projetos de energia e sustentabilidade

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Rodrigo Mello, diretor do SENAI-RN e do Instituto SENAI de Inovação em Energias renováveis (ISI-ER): “Alcançamos uma evolução que supera todo e qualquer planejamento que nós tínhamos no início” | Foto: Renata Moura

O Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER), sediado no Rio Grande do Norte e principal referência do SENAI no Brasil em Pesquisa, Desenvolvimento & Inovação (PD&I) em energia eólica, solar e sustentabilidade, aumentou em 23 vezes o valor da carteira de projetos que tem contratados, em desenvolvimento e entregues no país, em relação a 2021, e projeta um ritmo “ainda mais acelerado” de expansão para os próximos anos. 

“Alcançamos uma evolução que supera todo e qualquer planejamento que nós tínhamos no início”, diz o diretor do SENAI-RN e do ISI-ER, Rodrigo Mello, em um balanço sobre os três anos de operação do Instituto, comemorados neste sábado, 15 – mesmo dia em que é celebrado o “Dia Mundial do Vento”. 

A perspectiva de investimentos em energia eólica offshore, uma cadeia industrial nova que, segundo o executivo, ainda traz muito mais perguntas do que respostas sobre as condições de produção brasileiras, e a perspectiva de geração do hidrogênio como possível meio de armazenar energia tanto para o mercado interno quanto para o mercado externo do Brasil são apontadas entre as grandes alavancas desse crescimento.

Dê o play no vídeo para saber mais sobre como os Institutos SENAI de Inovação ajudam o Brasil a enfrentar desafios em áreas como energia e descarbonização:

Os desafios da transformação energética e da descarbonização | Ep. 5 | Um Mundo de Possibilidades

 

 “Sem sombra de dúvida, nós estamos num processo que se manterá muito acelerado, com um crescimento ainda mais vertiginoso do ponto de vista de relacionamento com o mercado e atendimento a novas demandas da indústria”, frisa Mello. 

Ele observa que o vigor dos primeiros anos de atividade e a experiência acumulada pela equipe desde antes da criação do Instituto – quando as atividades de pesquisa ficavam sob o guarda chuva de outro centro do SENAI-RN – o CTGAS-ER – credenciam o ISI a discutir projetos ainda maiores com as petroleiras, que são as maiores empresas do mundo em investimentos nas áreas de inovação e tecnologia. 

“Esse é um setor que chega com muita força no mercado de energias renováveis e que está buscando muitas soluções para produção de diversas fontes de energia. Isso deverá impulsionar muito as atividades”, analisa.

Oportunidades

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (FIERN) e do Conselho Regional do SENAI-RN, Roberto Serquiz, faz coro sobre a conjuntura favorável e as oportunidades que se mostram no horizonte para a atuação do Instituto. “O ISI”, observa ele, “é um centro voltado a atender a indústria do futuro, das energias limpas e do desenvolvimento sustentável”, que tem impulsionado a competitividade do setor com fôlego de sobra para o que está por vir.

“Em apenas três anos, podemos destacar realizações do Instituto como o mapeamento eólico e solar, estudos e medições do potencial offshore brasileiro, em hidrogênio verde e o desenvolvimento de combustível sustentável de aviação (SAF)”, enumera Serquiz, arrematando ainda: “Seguimos confiantes de que, diante da responsabilidade que a transição energética impõe, o ISI-ER está preparado para desbravar novos horizontes, desenvolver soluções inovadoras e agregar excelência ao campo das energias renováveis”.

Roberto Serquiz, presidente da FIERN e do Conselho Regional do SENAI-RN: “Seguimos confiantes de que, diante da responsabilidade que a transição energética impõe, o ISI-ER está preparado para desbravar novos horizontes, desenvolver soluções inovadoras e agregar excelência ao campo das energias renováveis”

O crescimento registrado nas atividades dos três primeiros anos também puxou para cima o tamanho da equipe da instituição. Cerca de 100 profissionais, entre pesquisadores/as e bolsistas em áreas como engenharias, meteorologia, geografia, química, oceanografia e tecnologia da informação trabalham de forma integrada para desenhar soluções de inovação e realizar entregas na área para todo o Brasil. 

“A equipe do Instituto foi ampliada em seis vezes nos últimos três anos, na esteira dos projetos que fomos incorporando e do apetite crescente do Brasil e do exterior por dados medidos em campo, por novas tecnologias e soluções que ajudem a subsidiar decisões de investimentos e outros passos das indústrias”, disse Mello. 

“Temos, segundo reconhecimentos da própria indústria, uma das melhores equipes do Brasil e a essa equipe uma série de profissionais que vem se agregando para dar profundidade aos temas sobre os quais nos debruçamos”, diz o diretor. 

Projetos

Foi a partir de levantamentos do ISI-ER sobre o potencial de geração de energia que informações inéditas no Brasil foram reunidas no Atlas eólico solar do Rio Grande do Norte e em uma plataforma online – aberta ao público – que permite diversos cruzamentos de dados coletados em campo para análises sobre o setor. 

O trabalho confirma o estado – que já é líder nacional em geração de energia eólica em terra – como “oásis” para geração também no offshore e com um potencial considerado abundante para aproveitamento também da energia solar, em diversos municípios.

No campo das energias, por meio de projeto de P&D com a Petrobras, o Instituto criou, ainda, o primeiro Floating LiDAR do Hemisfério Sul – a BRAVO: Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore – tecnologia desenvolvida de forma inédita no Brasil e atualmente realizando levantamentos de variáveis de vento e mar para a companhia na região potiguar de Areia Branca. 

“Na parte de sustentabilidade, um dos laboratórios que implantamos na nossa infraestrutura é o mais atualizado do Brasil em termos tecnológicos, na área de hidrogênio e combustíveis avançados. Realizamos esse projeto em parceria com a Alemanha como a primeira planta-piloto do país para o desenvolvimento de SAF, combustível sustentável de aviação. Também participamos de diversas discussões para a criação do ambiente legal do setor de hidrogênio no Congresso brasileiro, junto à Câmara e ao Senado, assim como no âmbito estadual, com o governo do Rio Grande do Norte e a Assembleia Legislativa”, observa Rodrigo Mello.

O desenvolvimento de SAF (combustível sustentável de aviação) é uma das inovações do Instituto para a indústria brasileira | Foto: Renata Moura

“Na área de energia solar nós provamos que vale a pena a discussão sobre placas bifaciais, ampliando e muito o desempenho do parque de geração de energia de fonte fotovoltaica”, complementa.

Ele observa que foram intensificados também movimentos de internacionalização do Instituto, com intercâmbio de conhecimentos concreto com países como Alemanha, Espanha, Noruega, Reino Unido e Canadá. 

Entre os projetos atualmente em curso estão o mais abrangente mapeamento do potencial eólico offshore do Brasil, desenvolvido por meio de convênio com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e a primeira planta-piloto do país para testes de turbinas eólicas no mar. O empreendimento está em processo de licenciamento junto ao Ibama, com previsão de instalação no município de Areia Branca. 

SAIBA MAIS – SOBRE O ISI-ER

O Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) é a principal referência do SENAI no Brasil em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) com foco em energia eólica, solar e sustentabilidade, incluindo novas tecnologias como o hidrogênio verde.

Faz parte da maior rede privada de institutos de pesquisa, desenvolvimento e inovação criada no Brasil para atender as demandas da indústria, composta por 26 Institutos SENAI de Inovação.

A Rede tem como foco a pesquisa aplicada, o emprego do conhecimento de forma prática no desenvolvimento de novos produtos e soluções customizadas para as empresas ou de ideias que geram oportunidades de negócios. Desde que foi criada, em 2013, mais de R$ 1,2 bilhão foram mobilizados em projetos de PD&I.

O ISI-ER está em operação no Hub de Inovação e Tecnologia (HIT) do SENAI-RN, em Natal, no Rio Grande do Norte. A instituição herdou integralmente atividades de pesquisa aplicada realizadas pelo SENAI-RN, que desde 2002 atua nesse campo e na prestação de serviços para os setores de gás e energia, com diversas empresas privadas e estatais de grande porte, do Brasil e do mundo, e com entidades governamentais.

Na sua trajetória, o Instituto tem construído caminhos que contribuem para o progresso tecnológico do país e a sustentabilidade, com o avanço das energias renováveis e de inovações necessárias para a transição energética.

Pesquisadores/as do ISI foram pioneiros/as em estudos, com medições, sobre o offshore brasileiro, desenvolveram projetos como o novo Atlas Eólico e Solar do Rio Grande do Norte e estão à frente de iniciativas como o mais abrangente mapeamento em desenvolvimento no Brasil para identificar o potencial de geração de energia eólica com turbinas implantadas no mar, em convênio com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e de trabalhos como o desenvolvimento de SAF (combustível sustentável de aviação), em parceria com a Alemanha.

Texto: Renata Moura

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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