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12 de Junho de 2024

ISI-ER apresenta projetos de energia eólica offshore no Brazil Offshore Wind & Power-to-X 2024

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O Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) apresentou nesta terça-feira (11), no Brazil Offshore Wind & Power-to-X 2024, em Natal, as principais linhas de atuação e projetos que tem desenvolvido em energia eólica offshore no país.

“Especificamente com eólica, área em que estamos trabalhando antes mesmo de sermos ISI, começamos a fazer medições em campo em 2012 e agora estamos realizando o mapeamento do potencial de toda a margem equatorial brasileira, o que representa cerca de 40% do litoral do Brasil”, disse o pesquisador do Instituto na área de tecnologias espaciais focadas no setor de energia, Carlos Moura, ex-presidente da Agência Espacial Brasileira. 

“Foram implantadas estações específicas para essas medições, as duas últimas tiveram instalação concluída em abril”, acrescentou na apresentação, ressaltando que os estudos que estão em curso darão condições ao Brasil “de conhecer muito melhor esse regime de ventos e como pode ser mais bem aproveitado”.

pesquisa na área é desenvolvida por meio de convênio com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e terá os resultados divulgados na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), marcada para novembro de 2025, em Belém (PA).

“Este é um trabalho muito significativo para nós e para o exterior, e que tem obtido grande repercussão, mas a gente quer mais”, disse Moura, citando planos de investimentos do Instituto para novos estudos que envolvam não só o vento, mas toda a interação oceano-atmosfera no Brasil. “Porque existe um vazio de informação tecnológica na Margem Equatorial brasileira”, justifica.

Pesquisa

Moura fez um apanhado, durante o painel, das principais áreas de atuação e linhas de pesquisa do ISI-ER. O Instituto é a principal referência do SENAI no Brasil em pesquisa aplicada, desenvolvimento e inovação em energia eólica, solar e sustentabilidade, incluindo combustíveis avançados e hidrogênio.

Entre os projetos de energia eólica que destacou estão campanhas de medição e trabalhos de avaliação de recurso pioneiros no Brasil; a criação e o lançamento da BRAVO – Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore – tecnologia desenvolvida de forma inédita no Brasil para prospecções ligadas à energia eólica offshore, da Petrobras; além do mais abrangente mapeamento eólico offshore em curso no país, na Margem Equatorial Brasileira.

O pesquisador lembrou que o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis foi criado nesta década, mas que suas raízes nasceram mais de 20 anos atrás com a implantação do então Centro de Tecnologias do Gás (CTGAS), que posteriormente incluiu entre os focos de atuação as energias renováveis, passando a se chamar CTGAS-ER. 

O CTGAS-ER, principal centro de formação profissional do SENAI no Brasil para a indústria de energia eólica e Centro nacional de excelência em formação profissional para a cadeia produtiva do hidrogênio verde, concentrava a área de pesquisa do SENAI-RN – a partir de 2018 incorporada pelo ISI-ER. 

Na época de criação do CTGAS-ER, observou Moura, o Brasil vinha se inserindo muito mais fortemente na questão do gás natural e precisava desenvolver competências e capacitação de pessoas para a atividade. “A mesma questão que a gente tem ouvido agora com o hidrogênio verde e outras tecnologias”, comparou ele. 

A apresentação foi realizada no painel “Desenvolvimento da CT&I da Eólica Offshore e Power-to-X no Brasil”, que também contou com a participação de Eduardo Soriano,  analista sênior de Ciência e Tecnologia do MCTI, de Paulo de Resende, analista sênior do Departamento de Energias Renováveis e Telecomunicações da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e de Mário González, coordenador do grupo de pesquisa em Inovação de Produtos e Processos em Energias Renováveis (Creation), da UFRN.

O Brazil Offshore Wind & Power-to-X 2024 foi realizado nos dias 10 e 11 de junho e chegou este ano à terceira edição. O evento é uma organização conjunta do Grupo de Pesquisa Creation, com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e o Governo do Rio Grande do Norte.

Texto e fotos: Renata Moura

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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