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07 de Setembro de 2022

Indústria contará com R$ 105 milhões e 27 centros de pesquisa para investir em inovações sustentáveis

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Para estimular o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis e processos mais limpos na indústria nacional, a Empresa Brasileira de Inovação Industrial (EMBRAPII) encampa uma série de ações de estímulo à inovação em bioeconomia. Entre as estratégias estão: a nova Rede MCTI/EMBRAPII de Inovação em Bioeconomia, o fomento Basic Funding Alliance (BFA) para projetos disruptivos na área e iniciativas alinhadas ao Plano Nacional de Fertilizantes. O total de recursos reservados ultrapassa os R$ 100 milhões.


A proposta é estimular a atividade de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em biotecnologia; sustentabilidade, novos biocombustíveis, fármacos e biofármacos; economia circular; agricultura; fertilizantes e adubos, entre outros. 


O diretor-presidente da EMBRAPII, José Luis Gordon, explica que a Rede tem como foco principal ajudar as empresas do setor a serem mais inovadoras e a conseguirem chegar com seus produtos no mercado com maior competitividade e produtividade. "A EMBRAPII pretende expandir a sua atuação ajudando o setor produtivo na agenda de bioeconomia: ligada à sustentabilidade, ao setor agro, na área de saúde, em novos materiais. Onde a bioeconomia estiver sendo envolvida, as 27 Unidades EMBRAPII credenciadas para atividades afins vão poder atender os setores empresariais. É uma rede onde vai ter uma série de fluxos de conhecimento acontecendo e sendo o grande locus para discussão de inovação e bioeconomia no país", ressalta.


Como o modelo de atuação da EMBRAPII prevê o coinvestimento do setor empresarial, estima-se que as ações na área de bioeconomia e sustentabilidade gerem mais de R$ 200 milhões em inovações. Somam-se aos recursos da EMBRAPII os valores da contrapartida das empresas e o recurso não-financeiro das Unidades EMBRAPII – como uso de equipamentos e pagamento de hora-homem de profissionais e pesquisadores envolvidos nos projetos. 


Recurso e ecossistema para a indústria inovar


A Rede MCTI/EMBRAPII de Inovação em Bioeconomia vai oferecer à indústria R$ 40 milhões em recursos não reembolsáveis e um ecossistema de inovação com competências tecnológicas complementares. São 27 centros de pesquisas com infraestrutura e profissionais qualificados, as chamadas Unidades EMBRAPII (UEs), para apoio ao desenvolvimento de inovações industriais. 

Empresas de todos os portes podem acessar recursos não reembolsáveis. O modelo tradicional da EMBRAPII garante até 1/3 do valor do projeto. No entanto, alianças empresariais, startups, pequenas empresas, arranjos cooperativos e empresas sediadas na região Norte têm linhas diferenciadas de fomento, que aumentam o percentual pago com recursos não reembolsáveis. 


R$ 20 milhões em Basic Funding Alliance (BFA)


A Rede também representa a possibilidade de desenvolvimento de novas competências tecnológicas em áreas de fronteira, a partir da biodiversidade nacional e da biotecnologia. Do seu orçamento, R$20 milhões serão reservados para Basic Funding Alliance (BFA), linha de fomento específica para o desenvolvimento de novas rotas tecnológicas.


O BFA promove inovação aberta, por meio da aliança entre empresas, startups e Unidades EMBRAPII. Por ter mais riscos envolvidos, os aportes financeiros da EMBRAPII podem ser significativamente maiores do que em outras modalidades de fomento – chegando a 90% dos custos dos projetos

Atualmente, há cinco projetos BFA em andamento na EMBRAPII, que somam R$ 25,5 milhões, dos quais dois são na área de Transformação Digital, envolvendo sustentabilidade ambiental.


R$ 20 milhões para inovações na indústria de fertilizantes


A EMBRAPII vai anunciar uma ação estratégica para apoio a projetos de inovação, com objetivos alinhados ao Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), iniciativa do Governo Federal focada na redução da importação de insumos pela cadeia produtiva do agronegócio nacional. 


Serão R$ 20 milhões destinados para o desenvolvimento de soluções que modernizem o processo produtivo, assim como frentes para o desenvolvimento de bioinsumos, fontes alternativas de fertilizantes, nanomateriais, organominerais, entre outros.


Parceria com o BNDES 


A EMBRAPII mantém com Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acordo que destina R$ 65 milhões a projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) em temas relacionados à sustentabilidade: bioeconomia florestal, novos biocombustíveis, economia circular. A parceria é uma das fontes de recursos da Rede. 


Em seu primeiro mandato, a Rede contará com a presidência da Unidade EMBRAPII Instituto Senai de Inovação em Biossintéticos e Fibras. A liderança do Comitê Técnico de Bioeconomia Industrial ficará a cargo da UE CNPEM, o de Bioeconomia da Biodiversidade, com a UE AGROTEC/UFMS e o de Desenvolvimento de Ecossistemas, com a UE DEF/UFV.


O Conselho Consultivo da Rede será integrado pelas associações empresariais ABBI, ABIHPEC, ABIQUIM, ABIFINA, ABIQUIFI, ABNC, ANBIOTEC, UNICA, UBRABIO e IBÁ.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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