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21 de Novembro de 2019

Galeria Iguales recebe de obras Demétrius Montenegro

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Do sertão potiguar, vêm as sutilezas de sua arte – em constante processo de transformação. Os cenários nordestinos, antes retratados de forma explícita, compõem agora um universo íntimo, surrealista e com sentimentos indecifráveis. Obras deste novo momento do potiguar Demétrius Montenegro, que comemora 10 como artista profissional, serão expostas na Galeria Iguales.

O artista de Nova Cruz, Agreste do Rio Grande do Norte, está rompendo um hiato de dois anos sem expor. Neste tempo, conectou-se a si mesmo de uma forma mais íntima. Agora, retorna ao cenário repaginado.  Na exposição Malícias Místicas, traz um universo colorido, com figuras surrealistas, mas sempre com pinceladas de Nordeste Brasileiro.

As mudanças representam, para ele, a evolução para um novo momento, uma nova etapa. Sinônimo de arte, defende, é transformação: “Ela não existe de forma verdadeira sem os processos transformadores, sem a verdade contida nessa energia radiante. Muitas vezes devemos praticar o desapego em nosso experimentar, brincar com novos elementos, não se prender a padrões ditatoriais”.

Seu primeiro contato com pinturas se deu numa bíblia ilustrada que sempre ficava aberta sobre o aparador na sala principal de sua casa. As obras fantásticas de Rembrandt, Giotto, Caravaggio e a que mais lhe chamou atenção: “A Anunciação” de Fra Angélico. “A obra ‘Daniel na cova dos leões’ de Rubens me toca até hoje”, destaca.  Na adolescência se apaixonou pelos clássicos da literatura, outra fonte muito importante de inspirações.

Demétrius passou meia década com exposição fixa na Pipa e, depois disso, expôs até em outros países, como Guatemala e Colômbia, antes de voltar ao Brasil, passando por Salvador, Rio, e a última exposição em São Paulo - individual de um mês no Intercontinental. Para ele, a arte é como uma energia que o acompanha desde as lembranças mais remotas, e que precisa sem constantemente expressada. “Está gravada desde sempre em minha memória, em meus sentimentos”, revela.

Comemorações

A exposição faz parte do início das comemorações de aniversário do Complexo Iguales, equipamento cultural que abraçou a arte em todos os seus aspectos. Como tem feito neste quase um ano de fundação, o espaço promoverá mais uma vez o intercâmbio entre artistas. Na outra ala da galeria, estará em cartaz a exposição Memórias de Papel, do português Pedro Madeira Pinto, que estreia no Brasil com uma exposição inspirada nos famosos azulejos portugueses. Ambas as exposições serão encerradas no dia 20 de dezembro, data exata em que o Complexo comemora um ano.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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