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30 de Abril de 2021

Fórmula cicatrizante criada no RN com copaíba tem aprovação da Anvisa e INPI

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Pesquisadores potiguares tiveram reconhecimento da Anvisa e do INPI para uma formulação cicatrizante nanobiotecnológica preparada à base do óleo da copaíba, árvore natural da Amazônia. Com a conquista da patente, a equipe encontra-se em fase de busca por incentivo industrial para ter o produto licenciado por uma empresa nacional do setor farmacêutico.

Vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (PPGB) da UnP, integrante da rede Laureaste, os pesquisadores conquistaram a anuência da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual.

O invento é uma nanoemulsão resistente a diluições em água e contém componentes naturais como o óleo de copaíba, água de coco em pó e outros produtos biocompatíveis como óleo de girassol. O estudo químico possibilitou a obtenção de uma formulação nanoestruturada que acelerou o processo de cicatrização. A administração do fitoterápico pode ser realizada por via tópica, com o uso de seringa ou spray, com liberação do bioativo (óleo de copaíba) de forma gradual e prolongada.

A pesquisa foi desenvolvida durante o Mestrado da Profa. Dra. Melyssa Lima de Medeiros, concluído em 2014, sob a orientação da Profa. Dra. Maria Aparecida Medeiros Maciel e co-orientação do Prof. Dr. Irami Araújo Filho. Também fizeram parte da pesquisa o Prof. Dr. Valdir Florêncio da Veiga Júnior (IME-RJ); Profa. Dra. Catia Guaraciara Fernandes Teixeira Rossi (colaboradora externo ao PPGB-UnP) e Dra. Cristiane Clemente de Mello Salgueiro (UECE).

Pesquisadores

De acordo com a Profa. Melyssa, ao se analisar a utilização do óleo de copaíba nos últimos 20 anos, evidencia-se um número significativo de pedidos de patentes por empresas estrangeiras, dentre as quais a maioria são requeridos por empresas japonesas, seguidos por uma francesa, uma americana e uma brasileira. No Brasil, dentre as patentes outorgadas para o óleo de copaíba, existe um único registro na Anvisa para uso comercial do óleo de copaíba.

É importante destacar que após o licenciamento, outras etapas são necessárias até que o produto seja comercializado. Neste cenário, no Brasil, a Anvisa também tem participação em função de avaliar a etapa clínica (fases 2 e 3) e os quesitos de segurança sanitária da empresa e conceder a anuência comercial do produto.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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