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22 de Abril de 2021

Estudo: um em cada oito smartphones no Brasil está infectado com malwares

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O estado de isolamento social causado pela pandemia e o aumento no índice de compras online, principalmente pelo celular, transformou os países emergentes como o Brasil em um celeiro bastante lucrativo para fraudes digitais. O Brasil está posicionado entre um dos piores em um levantamento sobre malwares mobile, que indicou a presença de um aparelho com sistema operacional Android contaminado a cada oito utilizados para a realização de transações em nosso país.

Os dados são da Upstream, que desenvolve a plataforma antifraude Secure-D, voltada justamente a análise de movimentações realizadas pelo celular. Os números são assustadores, com a empresa indicando que 96% das transações realizadas em nosso país, e avaliadas pela plataforma, foram bloqueadas por serem fraudulentas e relacionadas a 12 mil aplicativos maliciosos disponíveis, principalmente, nas lojas oficiais do Google e também fabricantes de smartphones.

De acordo com o levantamento, foram 449 milhões de transações mobile processadas pela plataforma em 2020, a partir de nosso país. Chamou a atenção dos especialistas, por exemplo, o caso de um usuário brasileiro cujo dispositivo chegou a ser usado em 15,9 mil tentativas de compras maliciosas em um único mês e a partir de apenas um aplicativo, chamado Best QR Code Scanner. Ferramentas desse tipo, categorizadas pela Upstream na categoria de “ferramentas e personalização, correspondem a 22% das contaminações registradas.

Entretanto, este não foi o app “vencedor”. No Brasil, o principal responsável pelas transações fraudulentas foi o Snaptube, app que serve para baixar vídeos e músicas de redes sociais e plataformas online, que estaria instalado em mais de 8,6 milhões de dispositivos e seria o responsável por mais de 37 milhões de transações fraudulentas. Ele já foi retirado no ar nas lojas oficiais, mas em seu site oficial, ainda é citado como a principal solução para tais fins, com direito a links para download direto a partir de servidores próprios ou serviços nacionais reconhecidos.

Completam o ranking dos cinco apps maliciosos mais perigosos o App Cake, que promete liberar versões pagas de outros softwares e gerou mais de 10 milhões de transações fraudulentas a partir de 78,5 mil aparelhos, o Young Tunes e o Young Radio, serviços musicais que prometem links diretos para download de músicas e somam, juntos, 7,6 milhões de tentativas de compras e 276 mil usuários.

O levantamento cita ainda o app Meizu Safe, que pertence à fabricante de smartphones de mesmo nome e registraria 18,3 milhões de movimentações suspeitas, a partir de 9,8 mil dispositivos. A pesquisa da Secure-D, na verdade, aponta o conjunto de aplicações da empresa com a maior soma de transações suspeitas em todo o mundo, mostrando que a ameaça, já citada como grande em território asiático, também é considerável em território brasileiro.

Os números do Brasil são graves e colocam o nosso país na segunda colocação no ranking global de nações mais atingidas, ficando atrás apenas da Indonésia, onde 99% das movimentações analisadas pela Secure-D foram bloqueadas como suspeitas. Os dados, também, estão bem acima do patamar global, com uma taxa de um em cada 36 dispositivos infectados com malware.

“A desigualdade digital faz os mercados emergentes serem particularmente vulneráveis, com os celulares sendo a única forma de acesso de muitos dos usuários”, explica Dimitris Manlatis, CEO da Upstream. Segundo ele, estão na mira, principalmente, as pessoas mais leigas sobre assuntos relacionados à tecnologia, assim como os usuários de modelos mais baratos de smartphones, com muitos aplicativos na memória e pouco espaço e processamento para rodarem soluções de segurança.

Fonte: Canaltech, disponível em: https://canaltech.com.br/seguranca/um-em-cada-oito-smartphones-no-brasil-estao-infectados-com-malwares-183055/

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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