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10 de Fevereiro de 2021

Estudo: golpes virtuais cresceram 70% durante a pandemia

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De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) durante a pandemia houve um aumento de 70% em golpes virtuais, principalmente em tentativas de e-mails com vírus e links que levam a sites falsos (phishing) para obter informações como senhas, números de cartões de crédito, informações pessoais e outros dados.

”O isolamento social proporcionou mudanças na vida de muitas pessoas, como por exemplo, a adoção do modelo home-office e o aumento das compras on-line, facilitando a ação de hackers. Para não ser vítima desse tipo de ação, é necessário observar uma série de práticas e desenvolver hábitos de segurança”, pontua Ricardo Mesquita, especialista em proteção de dados e gerente de TI da Howden Harmonia Corretora de Seguros.

Em 2020 houve uma série de vazamentos de dados pessoais por empresas e até mesmo pelo Governo, como a falha do sistema de dados do Ministério da saúde, que expôs informações de  milhões de brasileiros no internet, incluindo pessoas que já morreram. Outro caso de vazamento de dados bastante recente ocorreu em 19 de janeiro, quando foi anunciado que mais de 200 milhões de brasileiros – inclusive mortos também - tiveram dados vazados, como nome, endereço, registros de automóvel, score (análise de crédito individual), declarações de imposto de renda e salário, que foram parar em fóruns na chamada dark web.  

Outra ferramenta que mudou a política de privacidade favorecendo o aumento de golpes é o whatsapp. Em 2016, o aplicativo passou a compartilhar informações dos usuários com o Facebook, do mesmo grupo econômico e também proprietário da ferramenta. Uma nova mudança nos termos veio e, a partir do dia 15 de maio, o aplicativo passará a compartilhar dados também com os parceiros do Facebook, provocando reações não só entre os usuários, mas também entre autoridades de proteção de dados e entidades europeias.

O especialista reforça que “as informações compartilhadas abrem uma brecha enorme para que golpes aconteçam, já que é possível ter acesso ao tipo de aparelho móvel, ao número de telefone registrado na conta, às informações sobre como o usuário interage com outras pessoas e empresas e até o endereço IP, que é uma identificação única para cada computador conectado a uma rede, como um ‘CPF’ digital”.

Uma das medidas que poderá minimizar os vazamentos de dados e, por consequência, a variedade de golpes, é a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A lei conferirá mais credibilidade ao compartilhamento de dados pessoais por parte das empresas e de toda a cadeia de fornecedores que usa esses dados, como acontece nas Corretoras de Seguros e Seguradoras, por exemplo.

“A LGPD é um marco regulatório aplicável ao tratamento de dados pessoais por empresas privadas, órgãos públicos e pessoas físicas. Uma vez que corretoras de seguros dependem da coleta e tratamento de informações para oferecer produtos e serviços a seus clientes, a efetivação de políticas e boas práticas alinhadas à nova legislação é fundamental para evitar litígios que envolvam os segurados”, finaliza Mesquita.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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