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22 de Julho de 2020

Estudo: crise fez 19% das pequenas empresas do RN remodelarem a operação

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Em muito tempo, uma categoria profissional não havia ganhado importância tão rapidamente quanto a dos entregadores com o advento da pandemia. As motocicletas com baús e até bicicletas invadiram as ruas semidesertas das cidades urbanas e garantiram a sobrevivência de muitos pequenos negócios, diante das medidas restritivas à circulação e aglomeração de pessoas.

Uma pesquisa feita pelo Sebrae revelou que 19% das pequenas empresas do Rio Grande do Norte tiveram que remodelar o negócio para vender em meio à crise e outros 19% recorreram à internet, redes sociais e aplicativos para não ter de fechar ou ter perdas maiores de faturamento. E para esses planos terem sido efetivados, o sistema de entrega foi decisivo e a tendência é de continuar em alta pelos próximos meses. 

"O delivery é uma realidade para o mundo. E para o mercado brasileiro, esse serviço criou muita força nesse momento da pandemia porque dá a possibilidade de se fazer compras sem sair de casa. E isso tornou-se essencial para a população”, analisa a analista técnica da Unidade de Inovação e Negócios do Sebrae-RN, Daniela Tinoco.

A especialista repassa o real significado do procedimento de delivery, que é trazer agilidade, comodidade e satisfação para quem compra. "Isso pode ser pensado pela empresa como um diferencial competitivo. Mas, inicialmente, é bom ter um planejamento para cada processo interno, de modo a atender à contento”, orienta.

Outra recomendação é definir os canais de comunicação, do pessoal de atendimento e encaminhamento do pedido até a entrega na casa do cliente. “São atividades que precisam ser bem planejadas para que realmente saiam dentro da conformidade.  É preciso ainda possibilitar várias formas de pagamento para o cliente ter a opção de escolher, inclusive aqueles pagamentos eletrônicos por transferência, que são uma excelente opção para evitar contato físico com as maquinetas de cartões ou com dinheiro em espécie”, complementa Daniela.  

Na avaliação de Daniela Tinoco, deixar o cliente esperando por muito tempo é a questá que lidera o ranking de erros comuns das empresas que adotam esse sistema e que podem levar ao insucesso. A demora para ser atendido via telefone ou aplicativo de mensagens e até mesmo para entregar a mercadoria é uma dos maiores motivos de queixas da clintela. “Muitos clientes hoje deixam de realizar compras em lugares que demoram muito”, adverte.  

A analista técnica do Sebrae-RN lembra também de outro aspecto importante: como o produto chega até o cliente? As embalagens vendem bem a empresa. Aquelas inadequadas para os produtos, que ficam mal acondicionados e acabam vazando ou não mantendo a temperatura, devem ser descartadas ou aperfeiçoadas.

Os entregadores também precisam usar máscaras e adotar medidas de prevenção e higiene. “Os clientes estão muito atentos a essas questões e, se identificarem inadequações, acabam não comprando mais nas empresas que cometem esses erros”.  Daniela informa que o Sebrae dispõe de uma consultoria, subsidiada pelo porgrama Sebraetec, que auxilia a empresa que deseja implantar ou adequar a operação para o sistema de entregas. 

 

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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