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Estudantes representam o RN em projeto que leva saúde para ribeirinhos

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Oferecer atendimentos de saúde às comunidades de Santarém, no Pará, potencializando a atuação do Sistema Único de Saúde (SUS) na região e propor uma vivência humanizada aos estudantes da área de saúde, são alguns dos objetivos da 5ª Missão Amazônia, projeto idealizado pela Inspirali, vertical de Medicina da Ânima Educação. A vivência reúne alunos e professores em uma jornada de 10 dias pelas margens do Rio Tapajós. A expedição começou neste domingo (01) e conta com 30 alunos de seis escolas, entre eles da Universidade Potiguar (UnP), que embarcam junto à equipe de especialistas do Navio Hospital Escola Abaré, da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).

Durante a Missão serão realizadas consultas ginecológicas, pediátricas, cirurgias ambulatoriais e atendimentos de saúde da família em geral, envolvendo um amplo atendimento que inclui diversas especialidades, buscando melhorar a qualidade de vida da comunidade local. Esta será a primeira Missão interdisciplinar, que contará com a participação de estudantes do curso de Enfermagem. Além disso, nesta edição, haverá atendimentos por tele-consulta de forma remota para a especialidade de dermatologia em parceria com o IBCMED e também será utilizado o Prontlife (Prontuário Eletrônico do Paciente), que atua na captação, armazenamento e gestão de dados, que possui interoperabilidade de informações com o e-SUS.

“É extremamente gratificante ter a oportunidade de proporcionar atendimento a estas comunidades que, por questões geográficas, tem dificuldades a assistência médica especializada. Além disso, é emocionante poder levar estudantes para esta experiência incrível de atuarem, de forma consciente e supervisionada, em uma realidade totalmente diferente daquela que vivenciam em suas universidades. Durante a Missão, eles se inspiram nos professores médicos e passam a ter referências positivas para atuarem de forma comprometida e humanizada na profissão”, destaca Rodrigo Dias Nunes, coordenador do curso de Medicina da Unisul/Inspirali.

A expectativa é de atender cerca de 2 mil pessoas neste período. A ação é uma atividade prática e de extensão universitária ao currículo da Inspirali em que participam estudantes que já possuem histórico em ações voluntárias, estão no último ano da graduação e fazem parte das universidades Unisul (SC), São Judas Tadeu (SP), Anhembi Morumbi (nos campi de São Paulo e Piracicaba/SP), UniBH, Unifacs (BA) e Universidade Potiguar (RN). Os estudantes são selecionados por meio de um criterioso processo realizado pelos coordenadores do curso e coordenadores do projeto que envolve análise de conduta às situações problemas, entrevista, avaliação médica e psicológica. Além disso, antes de iniciarem o atendimento, os estudantes participam de uma capacitação interna.

Esta é a quinta edição da Missão Amazônia, que já reuniu mais de 150 estudantes de Medicina, orientados por 20 professores. Já foram realizados mais de 6 mil atendimentos clínicos, 800 atendimentos ginecológicos, 400 procedimentos cirúrgicos e mais de 1000 imunizações em mais de 80 comunidades visitadas e 140 visitas domiciliares, percorrendo as regiões de Belterra, Aveiro e Santarém.

“Formar seres humanos empáticos e que se importam com as pessoas que necessitam de cuidados também está no nosso DNA e faz parte da nossa conduta ética esta sensibilização de apoio e respeito ao próximo. Tenho muito orgulho deste projeto pela oportunidade de nossos alunos desenvolverem na prática todo o conhecimento que adquiriram durante o curso de Medicina e ainda oferecer um atendimento de qualidade a comunidades que têm grande dificuldade no acesso a recursos de saúde. A formação humanizada de nossos médicos é uma prioridade na Inspirali e a Missão permitirá aos alunos levarem essa experiência riquíssima para toda sua trajetória profissional”, destaca o Prof. Dr. José Lúcio Machado, diretor médico da Inspirali.

“Vivenciar isso, para mim, é estar onde é o verdadeiro retrato do Brasil”; “Além de ajudá-los, a gente sai mais curado do que eles”; “Tratar a pessoa como um todo, e não ver só a doença dela”; “Aprendizado que a gente não vê em livros, não vê em estágio, é vivência mesmo”. Esses são alguns dos depoimentos dos alunos que participaram das edições anteriores da Missão Amazônia, comprovando o cumprimento positivo da ação perante os alunos de Medicina.