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29 de Janeiro de 2022

Enem: a menos de um mês das notas, psicólogas frisam que dúvida sobre escolha do curso pode persistir

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Admitir que precisamos de ajuda pode não ser fácil. Durante a adolescência, quando se busca mais independência, as pessoas em geral tendem a tentar resolver os próprios problemas sozinhas. Para escolher qual carreira seguir, por exemplo, muitas dúvidas podem surgir. Este é um momento em que o receio de buscar auxílio precisa dar lugar ao olhar atento de um psicólogo. Para uma escolha da profissão assertiva e congruente com o perfil pessoal, a orientação vocacional se mostra essencial.  

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ocorreu no fim de novembro de 2021 e os resultados da prova estão previstos para serem divulgados em 11 de fevereiro deste ano. Com a nota obtida no exame, é possível conquistar uma vaga no ensino superior, em universidades públicas ou privadas, por meio de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e o Programa Universidade para Todos (Prouni).

A menos de um mês para a divulgação desse resultado, a psicóloga especialista em Avaliação Psicológica, Educação Inclusiva e Especial e Neuropsicologia, Renata Brito, diz que ainda é possível haver candidatos hesitantes em relação à escolha dos cursos.

Segundo ela, "a sociedade exige dos nossos meninos e meninas a escolha da carreira no fim do Ensino Médio. Trata-se de uma situação muito problemática e que pode gerar sofrimento. Os adolescentes já passam por diversos conflitos, os quais se somam às angústias e podem adoecê-los, muitas vezes. Por toda essa cobrança, eles podem se sentir retraídos para falar sobre suas dúvidas".

Diante disso, um espaço de escuta para ajudá-los é a orientação vocacional, que reside em um conjunto de técnicas cujo objetivo é identificar características individuais, como habilidades, potencialidades, formas de agir/reagir, desejos e possibilidades os quais devem estar alinhados com o perfil profissional. Em Natal, a Orientar - Avaliação Psicológica Vocacional oferece aos jovens e suas famílias a oportunidade de melhor identificar as potencialidades.

Na Orientar, Renata Brito investiga as características de personalidade, além dos interesses e habilidades profissionais por meio da testagem psicológica. Ela ressalta que é preciso lembrar que os pontos de foco são os adolescentes, com intensa manifestação hormonal, passando por conflitos próprios dessa etapa da vida, descobrindo-se sexualmente, tendo crises de identidade e sendo bombardeados por informações no contexto pedagógico. "Por isso, é natural e esperado que estejam angustiados, duvidosos", explica.  

Janeiro Branco  
Katiuce Gurgel, psicóloga clínica também integrante da Orientar, encarrega-se da parte clínica e das necessidades e características de personalidade de cada jovem atendido pelo serviço. Ela frisa a importância de cuidarmos da saúde mental, fazendo jus à campanha do Janeiro Branco. "A campanha foi idealizada para o primeiro mês do ano a fim de aproveitar esse momento de reflexão e de planejamento atrelado à simbologia de recomeço. Assim, o principal objetivo da campanha é discutir a relevância da saúde mental e do cuidado com as emoções", diz.  

Durante a juventude, a psicóloga enfatiza a importância do acolhimento e do apoio para escolha da carreira. "Se a família não se mostrar acolhedora, fornecendo suporte e orientação, existe a possibilidade de desenvolvimento de problemas de saúde mental. Caso exista predisposição para doenças ou transtornos, a situação se agrava", conclui.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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