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07 de Dezembro de 2022

Economia do Mar potiguar dispõe de plataforma com dados estratégicos compilados pelo Mais RN

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O MAIS RN, núcleo de planejamento estratégico contínuo da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN), disponibiliza dados e informações relevantes sobre a Economia do Mar do estado na plataforma do Projeto Amazônia Azul. A ferramenta pode auxiliar gestores públicos e investidores na tomada de decisões para a criação de políticas e nos empreendimentos ligados à Economia do Mar.

Desenvolvida a partir do conceito de Business Intelligence (BI), a plataforma mostra números atualizados de três tipos: números dos estabelecimentos ligados direta e indiretamente às atividades do mar, número de trabalhadores da Economia do Mar e remuneração média do setor. Os dados podem ser visualizados de acordo com seis dimensões marinhas: Defesa, Energia, Manufaturas, Recursos Vivos, Serviços e Transporte.

Clique no link para acessar a plataforma de BI da Economia do Mar: https://bit.ly/3FlmGWt

A plataforma mostra, por exemplo, que existem 4.148 estabelecimentos ligados à Economia do Mar, distribuídos em 29 municípios considerados costeiros e classificados em 35 CNAEs (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) da Receita Federal.

“Essas atividades não têm, hoje, um planejamento em grupo, não pensam como uma unidade. São discutidos a pesca, o sal, o petróleo, mas não a Economia do Mar de forma conjunta. Esse planejamento conjunto é um dos primeiros passos para oferecer um desenvolvimento maior para o Rio Grande do Norte”, explica João Lucas Dias, economista do MAIS RN responsável pela criação da plataforma de BI.

Dias explica que os 29 municípios ligados diretamente à Economia do Mar representam 70% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado, mas que o debate sobre Economia do Mar vai além dessas cidades. “A Economia do Mar pode influenciar a mineração ou a fruticultura, por exemplo, que são fortes no interior do estado e que têm o principal caminho para a exportação no mar”, aponta.

“Por isso é importante um planejamento conjunto para alavancar economicamente todas as atividades ligadas direta ou indiretamente à Economia do Mar e aquelas que têm auxílio nas atividades do mar”, ressalta o economista.

Outro dado relevante presente na plataforma é o que mostra 39 mil empregados com carteira assinada nos estabelecimentos registrados. Já a média salarial é de R$ 1,79 mil.

Dias mostra que as dimensões de Serviços, Recursos Vivos e Manufaturas, que juntas empregam mais da metade dos trabalhadores formais da Economia do Mar, têm médias salariais abaixo da média do setor. Já as dimensões de Defesa, Energia e Transporte têm médias salariais acima dos R$ 1,79 mil.

“Essas últimas três dimensões têm funções que requerem maiores formação e qualificação dos profissionais, por isso têm remunerações mais elevadas”, destaca Dias.

Cluster Naval do RN

Diante da necessidade de pensar e atuar estrategicamente as ações que utilizam o mar direta ou indiretamente, surge no Rio Grande do Norte o Cluster Tecnológico Naval do RN, uma associação que reúne entidades representativas, empresas públicas e privadas, instituições acadêmicas e órgãos públicos ligados à Economia do Mar no Rio Grande do Norte para otimizar o desenvolvimento dos setores que a compõem.

Com previsão de ser oficialmente implementado em dezembro de 2022, o Cluster foi criado em maio, a partir da iniciativa do Sistema FIERN e da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron), da Marinha – principal referência em engenharia naval estratégica no Brasil. A expectativa é que o Cluster Naval do RN atue de forma a aproveitar as características que o estado possui de forma a fortalecer investimentos, políticas públicas, legislações e todas as questões e tomadas de decisão que envolvam Economia do Mar.

O MAIS RN terá atuação junto ao Cluster Naval, por meio do desenvolvimento de uma plataforma de acompanhamento dos indicadores estratégicos para ampliar os trabalhos já realizados pelo núcleo relacionados à Economia do Mar. Além disso, o MAIS RN poderá contribuir com o debate próximo a entres públicos, empresas e instituições de ensino e pesquisa — por meio da metodologia de tríplice hélice —, para a criação de agendas propositivas e definição de ações prioritárias.

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Sobre Juliska

Juliska Azevedo é jornalista natural de Natal-RN, com larga experiência em veículos de comunicação e também assessoria de imprensa nos setores público e privado.

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